Enchentes no RS causam prejuízo de R$ 95 milhões a produtores de tabaco
Levantamento indicou que 96% dos produtores que foram atingidos pretendem seguir na atividade As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no início de maio afetaram quase 2 mil produtores de tabaco, causando um prejuízo de R$ 95 milhões para o setor no Estado. A informação foi divulgada sexta-feira (7/6) pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), que fez um levantamento com associadas. Leia também Após inundações, RS já vê mudanças em locais de produção agropecuária Colheita de soja no Rio Grande do Sul chega a 96% da área Aplicativo vai mapear perdas causadas pela chuva no Rio Grande do Sul Segundo Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, a pesquisa reflete a realidade da segunda quinzena de maio, quando o momento ainda era de algumas dificuldades de acesso e de comunicação em muitas localidades. “A partir das informações, valoramos os prejuízos de forma aproximada, de modo a dimensionar o montante de perdas”, disse, em nota, o executivo. O levantamento mostra que, ao todo, 1.929 propriedades rurais foram atingidas pelas cheias em 75 municípios. Em Candelária, 214 produtores tiveram prejuízos, seguida de Agudo (136), Barros Cassal (132), Venâncio Aires (116), Arroio do Tigre (101), Gramado Xavier (96), Segredo (89), Boqueirão do Leão (78), Ibarama (71), Passa Sete (69), Sinimbu (67), Fontoura Xavier (63), Lagoão (63), Santa Cruz do Sul (61), Vera Cruz (58) e Paraíso do Sul (50). Considerando a valoração estimada das perdas, os dez municípios mais prejudicados foram Venâncio Aires (R$ 18,3 milhões), Candelária (R$ 16,52 milhões), Agudo (R$ 6,35 milhões), Ibarama (R$ 5,96 milhões), Santa Cruz do Sul (R$ 4,57 milhões), Vera Cruz (R$ 3,83 milhões), Paraíso do Sul (R$ 3,36 milhões), Sinimbu (R$ 2,98 milhões), Cruzeiro do Sul (R$ 2,47 milhões) e Arroio do Tigre (R$ 2,45 milhões). Saiba-mais taboola O levantamento também demonstrou que 96% dos produtores que foram atingidos pretendem seguir produzindo tabaco. “Precisamos dar condições para que eles possam continuar o trabalho desta próxima safra e, nesse sentido, as empresas associadas já repuseram os insumos necessários para refazer 2.070 canteiros de mudas perdidas, investimento que alcança cerca de R$ 1,6 milhão. Estamos confiantes de que, mesmo diante dessa tragédia, a produção de tabaco nas áreas mais afetadas deverá ficar próxima das estimativas projetadas para a safra 2024/25 que ainda está em fase inicial”, comentou Schünke. Segundo o executivo, a indústria e a representação dos produtores estão fazendo o possível para minimizar as perdas, mas políticas públicas serão necessárias para atender emergencialmente os produtores, especialmente no acesso a linhas de crédito para a manutenção e construção de residências, estufas e galpões. “Nesse sentido, acreditamos que a representação dos produtores é uma importante aliada para interceder junto aos órgãos governamentais neste momento de reconstrução, especialmente considerando que o produtor de tabaco é diversificado, pois ele também planta alimentos como milho, feijão, soja e arroz”, avaliou Schünke.
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET