A revolução chinesa na Pecuária do Brasil!

Destaques7 de junho de 2024A revolução chinesa na Pecuária do Brasil! ASBRAM dedica dois momentos especiais para debater o mercado nacional e internacional de carne bovina e vislumbra: os chineses revolucionaram a qualidade de nossa pecuária em quatro anos; existem 160 mil produtores que podem investir na melhoria da nutrição dos rebanhos e o Brasil vai ultrapassar os EUA na produção da proteína, vivendo um turbilhão positivo até o fim desta décadaSão duas décadas de aprendizado, que devem servir de reflexão para todos os atores da cadeia produtiva de carne bovina do Brasil, uma das três mais poderosas do planeta. E isso depois de três anos intensos, de fortes altas e baixas nos preços da arroba e da proteína. O ano passado foi emblemático. Uma oferta gigantesca de carne, que não foi amenizada pelas excelentes exportações, e que derrubou as cotações do preço do boi gordo. As fazendas viram a entrada de dinheiro diminuir bastante, principalmente aquelas que usam pouca tecnologia. Mas o período, mais uma vez, pode ser didático para os pecuaristas aprenderem como é importante a gestão profissional da atividade. Nos momentos ruins, a melhor escolha pode ser investir comprando animais, consertando a cerca quebrada, cuidando das águas, adubando as pastagens e cuidando da suplementação mineral do rebanho.A proposta de mergulhar neste debate e mirar com mais precisão os negócios motivaram a Associação Brasileira das Indústrias de Suplementação Mineral (ASBRAM) a utilizar dois encontros consecutivos do calendário anual da entidade para reunir, em São Paulo, profissionais, executivos e especialistas que lotaram o auditório montado pela entidade em um hotel na região dos Jardins. “Podemos dizer que, hoje, a pecuária do Brasil está diferente, se comparada com o início deste século. E isso se dá fortemente por três motivos: a necessidade de investimentos tecnológicos no segmento; a profissionalização provocada pela China, que até 2015 não importava quase nada e a partir de 2019 passou a ser um grande comprador, firmando um acordo  com exigências que provocaram um salto na qualidade do animal que abatemos,  e o trabalho de setores como da suplementação mineral, que fornece os insumos para dar suporte ao avanço da pecuária profissional”, esclareceu o engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, diretor da Athenagro, coordenador do Rally da Pecuária e um dos especialistas mais respeitados no tema.Maurício Palma Nogueira foi o escolhido para movimentar e coordenar as duas jornadas. De cara, ele enfatizou que sempre alertou que haveria maior rigor técnico na pecuária e isso dificultaria a continuidade no trabalho de quem não seguisse a regra. A modernização exige patrimônio ou capital para investir. E a velocidade da mudança agora é outra. Já foi mais lenta, há dez ou quinze anos, e não é mais. Desde 2003, muita coisa mudou. A produção avançou, os embarques do Brasil batem recordes sem parar e vão permanecer fortes em 2024, sendo quase o dobro do segundo colocado no ranking. Cresce mais em volume do que em faturamento, mas os chineses atuam fortemente. As vendas externas vêm sustentando os valores da carne aqui dentro.Por outro lado, o preço do boi desabou no mercado interno depois da euforia nos anos da pandemia. Em 2023, os pecuaristas viveram a maior queda nominal do preço do boi, desde a consolidação do Plano Real. Quem usa pouco ou nada de tecnologia teve grande prejuízo. E recuperar sem investir não vai adiantar. “O segundo semestre pode trazer uma certa recuperação. Já existem cenários projetando que o mercado possibilitará elevar os preços do ano em até 2% quando comparado ao de 2023. E o mercado está surpreendendo. Entre janeiro e abril, as exportações aumentaram 37% quando comparadas ao primeiro quadrimestre do ano anterior. E, ainda assim, a disponibilidade de carne bovina no mercado interno aumentou 30%. Isso se deve ao recorde do abate de bovinos no mercado formal, indicando um aumento de 32% na produção de carne bovina.  O brasileiro está suportando o aumento na oferta de carne, o que é um bom sinal.  Depois de anos de maus resultados no mercado interno, os frigoríficos também estão colhendo bons resultados, lembrando que se trata de uma atividade muito desafiadora do ponto de vista gerencial. A quebra de empresas marca a história do setor frigorífico no Brasil”, pontuou.O diretor da Athenagro acrescentou que o setor tem um desafio grande para conduzir nos próximos anos. ‘Tudo conspira’ para o Brasil crescer ainda mais. O mundo está demandando cada vez mais, os conflitos bélicos existentes ainda não causaram grandes interrupções no movimento de alimentos e existe logística para atender outros países, tanto é que o Basil vem celebrando a abertura de novos mercados. “A oscilação do dólar não altera com nossas vendas de carnes, embora mexa com o faturamento. Em relação aos demais players, estamos numa situação muito confortável com a carne bovina e precisamos aproveitar. No cenário internacional, os Estados Unidos

A revolução chinesa na Pecuária do Brasil!
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