“Crime organizado tem mais de mil postos de combustível e mais de 4 usinas”

11/06/2024 “Crime organizado tem mais de mil postos de combustível e mais de 4 usinas” RUBENS OMETTO E LULA- Foto Reprodução O Globo O empresário Rubens Ometto denuncia que o “crime organizado” já tem “mais de mil postos de combustíveis e mais de 4 usinas”. Ele também denuncia que só a adulteração de combustíveis e a sonegação de impostos gira em torno de R$ 18 bilhões. É perto do que o governo quer arrecadar com essa mudança do PIS/Cofins”. Ele se diz “desanimado” com Lula: “O governo trabalha furiosamente para aumentar a receita e poder gastar mais. Esta é uma visão oposta à de incentivar a iniciativa privada”. Foto Reprodução O Globo Em entrevista ao Brazil Journal, publicada neste último domingo (9) e abaixo transcrita, o empresário Rubens Ometto, apontado como o “maior usineiro produtor de cana, açúcar e etanol do mundo traz a público importante denúncia, envolvendo o crime organizado e que requer uma atitude firme do governo Lula: “O crime organizado (PCC?)já tem mais de mil postos de combustível e compraram mais de 4 usinas. Obviamente, eles não pagam impostos e ninguém faz nada a respeito. Só a adulterção de combustíveis e a sonegação de impostos nesse setor gira em torno de R$ 18 bilhões. É perto o que o governo quer arrecadar com essa mudança do PIS/Cofins”. Abaixo está a íntegra da entrevista publicada na edição deste domingo (9) no Brazil Journal: Brazil Journal REPRODUÇÃO BRAZIL JOURNAL “Por que não vão atrás do informal, do devedor contumaz, do sonegador?” diz Rubens Ometto Geraldo Samor e Pedro Arbex Pelo senso comum, Rubens Ometto Silveira Mello deveria ser a última pessoa a criticar qualquer um dos Poderes do Brasil.  Como controlador da Cosan – um conglomerado com empresas de gás, ferrovias e distribuição de combustíveis – Ometto talvez seja o empresário mais regulado do Brasil. Mas nem quem tem muito a perder está conseguindo ficar calado. Nas últimas semanas, a fragilidade do quadro fiscal, o sentimento de que todo o ajuste está sendo feito em cima da arrecadação, e as inúmeras mudanças de regras que alimentam a insegurança jurídica aumentaram a preocupação dos empresários com o ambiente de negócios no Brasil.  Ecoando esse sentimento crescente, Ometto conversou com o Brazil Journal sobre os problemas nacionais e disse que, “do jeito que as coisas estão, eu vou ter que colocar o pé no freio.” “As empresas sérias não aguentam mais pagar essa taxa de juros e pagar impostos do jeito que esse País está fazendo,” disse Ometto. A seguir, a íntegra da entrevista:  Qual a sua visão sobre a situação do Brasil? Sempre acreditei no potencial deste País, tanto é que tenho 95% do meu patrimônio aqui. Sou engenheiro de formação e adoro tirar projetos do papel. Você sabe que o nosso grupo investe bilhões de reais todo ano em coisas que ampliam a infraestrutura, geram empregos e retorno para os nossos acionistas.  Mas eu estou desanimado. Esse País está cansando até mesmo os mais otimistas.  O Brasil fez muito nas últimas décadas: conseguimos controlar a hiperinflação, temos grandes reservas internacionais e uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo.  Mas não está na hora de falar desse “copo meio cheio.” Está na hora de sermos honestos: o Brasil tem que se olhar no espelho e ver que está tudo errado, e precisamos nos unir para corrigir a rota.  A sua maior preocupação é o quadro fiscal? Desde o começo, quando este arcabouço fiscal foi lançado, eu não acreditei nele. Por quê? Porque ele é baseado na ideia de permitir aumentar as despesas na medida em que a receita aumentasse – e não reduzir as despesas nem o estoque da nossa dívida.  É uma questão de lógica: se a equação está montada assim, é claro que o governo vai trabalhar furiosamente para aumentar a receita e poder gastar mais.  Esta é uma visão oposta à de incentivar a iniciativa privada, que seria um caminho muito mais barato e muito mais eficiente para o País. Aí, o que aconteceu? Para se aprovar a Reforma Tributária, fizeram uma série de concessões. E depois, a Receita Federal, a Procuradoria Geral da União e a da Fazenda ficam mordendo todo mundo pelas bordas.  Como isso acontece? Eles vão mudando as normas, vão mudando as regulamentações para arrecadar mais.  A lei sai de um jeito, e depois eles soltam normas para arrecadar mais. Isso aconteceu com a mudança da regra do CARF, com a regra do aproveitamento do ágio nas aquisições, com a mudança do crédito presumido do IPI, com a mudança do uso dos créditos do PIS/Cofins que saiu essa semana… os exemplos são muitos.  Eles não estão preocupados em interpretar a ideia do legislador, estão preocupados em arrecadar. O problema está no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário?  O problema está na dinâmica entre eles, nessa disputa por espaço entre os Três Poderes, e às vezes nos acordos entre eles.  O Executivo vai lá e faz embargos auriculares no Judiciário falando, ‘Olha, se não decidir desta forma, o País quebra’. E o Judiciário se deixa influenciar por isso e começa a ‘autuar’ em c

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11/06/2024 “Crime organizado tem mais de mil postos de combustível e mais de 4 usinas” RUBENS OMETTO E LULA- Foto Reprodução O Globo O empresário Rubens Ometto denuncia que o “crime organizado” já tem “mais de mil postos de combustíveis e mais de 4 us >>>

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