Agricultura Regenerativa é essencial para descarbonização do setor alimentar
A adoção de práticas agrícolas regenerativas é crucial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e combater as crises climáticas e naturais. Essas práticas têm o potencial de cortar pela metade as emissões do setor alimentar até 2030. No entanto, a implementação é cara e arriscada para os agricultores, que muitas vezes já enfrentam dificuldades financeiras. Ativistas e investidores pedem que as empresas assumam uma parte maior dos custos para viabilizar a transição. De acordo com Future Fit Food and Agriculture, um relatório recente do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, da Food and Land Use Coalition (FOLU) e We Mean Business (WMB), tais práticas poderiam reduzir para metade as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) do sistema alimentar global até 2030 e reduzir os impactos negativos. da agricultura em plantas, vida selvagem e água doce. Desafios e Soluções Agricultores que adotam práticas regenerativas enfrentam custos altos e riscos de perda de rendimento a curto prazo. Grandes empresas, como OFI e Nestlé, estão testando métodos e oferecendo incentivos financeiros para apoiar essa transição. A OFI, por exemplo, identifica práticas relevantes para cada agricultor e oferece treinamento e suporte. A Nestlé realiza pilotos para testar métodos regenerativos, como agrossilvicultura, e utiliza microsseguros para proteger os rendimentos dos agricultores. Impacto e Regulação Práticas regenerativas incluem cultivo reduzido ou nulo, uso de fertilizantes de precisão, controle da erosão do solo e plantação de árvores. Regulamentações da União Europeia, como o Regulamento sobre Desflorestação, estão impulsionando a adoção dessas práticas. Empresas como Indigo Ag utilizam créditos de carbono para financiar a transição, mas reconhecem que os créditos sozinhos não cobrem todos os custos. Para alcançar uma descarbonização efetiva do setor alimentar, é necessário colocar os agricultores no centro das mudanças e garantir que recebam o apoio financeiro necessário para implementar práticas regenerativas. A transformação do sistema alimentar depende de uma abordagem justa e colaborativa, onde empresas e agricultores compartilhem custos e benefícios. *Este trecho é editado do artigo faz parte da série Descarbonising Industries da The Ethical Corporation Assuntos Relacionados
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