Números oficiais confirmam que Brasil tem arroz para abastecer mercado interno

Relatório da Conab reforça argumento de produtores do cereal, de que não há necessidade de importar Em seu relatório de acompanhamento de safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou o que os produtores gaúchos vêm dizendo sobre o arroz: há produto disponível para abastecer o mercado interno, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul. Leia também Polícia Federal vai investigar se leilão de arroz teve irregularidades Neri Geller diz que foi feito de "bode expiatório" em leilão mal organizado Por que o leilão de arroz foi anulado? Entenda as polêmicas envolvendo o governo Nesta quinta-feira (13/6), a autarquia divulgou que a colheita - já finalizada em fevereiro e março - ficou em 10,4 milhões de toneladas, uma leve redução de 0,9% em relação ao último levantamento (10,5 milhões de toneladas), mas 3,6% superior ao disponível em 2022/23. "De maneira geral, houve aumento na área plantada em comparação ao total semeado na temporada anterior, algo motivado à época da semeadura pela expectativa de bons preços praticados no mercado do cereal. Porém, o rendimento médio deverá ficar comprometido por conta dos danos às lavouras sul-riograndenses", disse a Conab, em nota. O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção nacional. O fato é que, no ano passado, o governo da Índia decidiu barrar as exportações de arroz e isso elevou os preços no mercado internacional. No Brasil, o cereal também bateu recorde e ultrapassou os R$ 127 a saca em janeiro. Isso incentivou os produtores a plantarem. Segundo Alexandre Velho, presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), quando as chuvas chegaram ao Estado faltava 17% das lavouras para colher. “O problema é que a área mais atrasada está na região central do Estado, que foi a que mais sofreu com as chuvas”, disse. Saiba-mais taboola Ainda assim, a produtividade média deve cair apenas 2,2%, para 7.865 quilos por hectare. Esse “apenas” deve-se a uma base de comparação elevada. Em 2022/23, a média, de 8.039 quilos por hectare, foi a segunda maior da história, superada apenas pela temporada 2020/21, segundo o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), que possui registros desde 1922. Apesar de todos esses números serem oficiais, o governo federal mantém a intenção de fazer um leilão para importar arroz, alegando que a decisão irá reduzir os preços no mercado interno. Na quarta-feira (12/6), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que, em até dez dias, o governo já deve ter um edital elaborado, que irá substituir o certame que foi anulado após uma série de polêmicas.

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