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Soja e milho operam em leve alta em Chicago com recuperação técnica
Contratos de trigo caem no início desta sessão Os contratos da soja para março, os mais negociados na bolsa de Chicago, operam em alta de 0,46%, a US$ 11,9975 por bushel. Ontem, os papéis caíram pelo terceiro pregão seguido, atingindo o menor patamar desde novembro de 2021, segundo cálculos do Valor Data. Saiba-mais taboola Além das boas perspectivas de oferta para a Argentina, divulgadas na última semana, os investidores viram na valorização do dólar uma oportunidade para a venda dos papéis futuros, observa Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. Soma-se a esse cenário, a baixa procura pela soja dos Estados Unidos. Dados do Departamento de Agricultura americano (USDA) confirmam essa tendência. As exportações do país somaram 889,7 mil toneladas no período de sete dias encerrado em 25 de janeiro. O volume ficou aquém das 1,1 milhão de toneladas negociadas na semana imediatamente anterior. “A demanda pelo grão americano está fraca, pois a China está esperando a entrada da safra brasileira no mercado. Apesar de algumas perdas na produção, a soja do Brasil ainda é uma das mais competitivas no cenário externo”, afirma Pacheco. No Brasil, a colheita da oleaginosa chegou a 11% da área até a última quinta-feira, segundo dados da AgRural. O percentual está acima dos 5% colhidos na mesma época do ano passado. O ritmo mais acelerado é consequência do clima adverso em algumas regiões, que antecipou o ciclo da cultura na safra 2023/24. Milho Também vindos de três quedas seguidas os papéis do milho para março tem alta de 0,17%, a US$ 4,41 por bushel. Luiz Pacheco diz que os fundos de investimentos estão muito vendidos nos futuros do milho, ou seja, apostando na queda nos preços, já que, segundo ele, há produto sobrando no mundo. “Os estoques finais [de milho] americanos cresceram 20 milhões de toneladas nesta safra, enquanto a Argentina aumentou na mesma proporção sua oferta. Isso abarrota o mercado de produto, e deixa os compradores tranquilos, já que eles podem negociar por um preço melhor”, afirma. Trigo Indicações de cenário macroeconômico adverso, combinados com demanda retraída e oferta relativamente estável seguem determinantes para a desvalorização do trigo em Chicago.Os contratos com entrega para março caem 0,25%, a US$ 5,92 o bushel. No campo macro, as indefinições sobre a queda na taxa de juros dos Estados Unidos ainda preocupam os agentes de mercado, aponta Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. “O trigo caiu principalmente pela situação financeira dos EUA. O fortalecimento do dólar perante outras moedas estrangeiras, torna produtos americanos, como o trigo menos atraentes. Assim, os compradores vão buscar se abastecer em outras regiões, como Rússia e Europa”, destaca.
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