“Leilão de arroz precisa ser investigado; não vejo nada de errado”

20/06/2024 “Leilão de arroz precisa ser investigado; não vejo nada de errado” CAPA CARLOS FAVARO, PAULO TEIXEIRA, GLEISE HOFFMANN-Foto Divulgação MST Ministros Carlos Fávaro, da Agricultura e Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário ao qual a Conab está subordinada e a deputado federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT em evento do MST. Foto Divulgação MST O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, acredita que não há nada de ilegal no leilão feito pelo governo federal para comprar arroz, mas que o assunto deve ser analisado. "Minha opinião pessoal é que não teve nada de errado que possa sofrer qualquer tipo de condenação, mas isso tem que ser investigado", disse em audiência na em reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Problemas com as empresas que venceram o leilão levaram ao cancelamento do certame e a demissão do ex-secretário de Política Agricola da pasta, Neri Geller. As decisões foram tomadas, disse Fávaro, para evitar conflitos de interesse. "Anulou processo para combater qualquer tipo de conflito de interesse. A exoneração [de Geller] não se trata de juízo de valor, em hipótese alguma de condenação", afirmou o ministro. Com isso, prosseguiu, há "total liberdade" para se investigar. De acordo com o ministro, em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Lula (PT) ficou decidido que o leilão seria cancelado e que Geller poderia pedir demissão. Fávaro ligou em seguida para Neri contando o resultado do encontro, que respondeu dizendo para fazer o que era necessário. "[A demissão foi levada] a título de sugestão", explicou o ministro. Para ele, o leilão é necessário para evitar um ataque especulativo ao preço do alimento. "Porque arroz subiu 30% nos dias da tragédia se não um ataque especulativo?", questionou. "Não se trata de afrontar os produtores, de desestimular a produção de arroz. Ao contrário. Não é o produtor que faz a formação de preço do arroz. Nunca vi um produtor botar preço no seu produto. Portanto, não é produtor que fez ataque especulativo", continuou. "Foi feito o edital, há nitidamente falta de interesse das empresas brasileiras de participar desse edital. Há também melhorias que devem ser feitas e estão sendo feitas nos próximos editais", disse (Folha, 20/6/24) Governo debate leilão de arroz com setor produtivo e segura edital para depois do Plano Safra Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e o presidente da Conab, Edegar Pretto. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil Em reunião, setor produtivo afirmou ao governo manter a contrariedade ao leilão, mas não recebeu sinalização de anulação ou cancelamento da iniciativa. Em reunião interministerial nesta quarta-feira, 19, o governo recebeu o setor arrozeiro para discutir o leilão de compra pública do cereal importado e beneficiado e debater o cenário atual do abastecimento nacional. A reunião, ocorrida na sede do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, contou com o chefe da pasta, Paulo Teixeira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. A representantes do setor o governo manteve a posição de realizar a importação do cereal em leilão público, mas sinalizou que vai aguardar uma nova reunião com os produtores para lançar o edital do novo certame e que pode considerar as sugestões do setor para construção das normativas do edital, relataram pessoas a par das discussões ao Estadão/Broadcast. O próximo encontro entre governo e arrozeiros está previsto para depois do lançamento do Plano Safra 2024/25, provavelmente na quinta-feira, 27. Portanto, até lá, não deve sair o novo edital. O setor produtivo disse aos ministros manter a contrariedade ao leilão, mas não recebeu sinalização de anulação ou cancelamento da iniciativa. Participaram do encontro a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e representantes da Câmara Setorial de Arroz e do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). “O diálogo foi muito positivo. Entendemos o lado deles e eles o nosso”, disse um integrante do governo. De acordo com interlocutores, o edital está sendo revisado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). “A possibilidade de a Conab participar da qualificação das empresas antes e saber se elas possuem capacidade são mecanismos que podem estar no novo edital”, antecipou uma pessoa que acompanha as tratativas. Em nota, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o setor tende a apresentar propostas para estimular a produção de arroz no País. “Foram debatidas medidas para estimular a produção de arroz no Brasil e garantir o alimento de qualidade a preço justo ao consumidor final. Está em fase de finalização a revisão das normas para elaboração de novo edital para a compra de arroz pela Conab”, afirmou Fávaro. A Conab está autor

Junho 20, 2024 - 08:01
“Leilão de arroz precisa ser investigado; não vejo nada de errado”
20/06/2024 “Leilão de arroz precisa ser investigado; não vejo nada de errado” CAPA CARLOS FAVARO, PAULO TEIXEIRA, GLEISE HOFFMANN-Foto Divulgação MST Ministros Carlos Fávaro, da Agricultura e Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário ao qual a Conab est >>>

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