Empresa do agro dá benefício para planejamento familiar inclusivo

Corteva oferece R$ 35 mil por colaborador para apoio em adoção e procedimentos de fertilidade Com o objetivo de levar para a empresa práticas que sejam reflexo da evolução da sociedade, a Corteva começou a oferecer neste ano um benefício para planejamento familiar. É a primeira companhia do agronegócio a criar uma iniciativa desse tipo. Cada colaborador passou a ter um apoio financeiro de R$ 35 mil para custear procedimentos como fertilização in vitro, congelamento de óvulos e assistência para adoção a famílias homoafetivas. Leia também Corteva obtém liberação de fixador biológico para a soja Corteva inaugura novo laboratório para atender o Brasil e a América Latina “A razão para este tipo de medida é ter um pacote de benefícios cada vez mais inclusivo”, diz a diretora de RH da Corteva Agriscience para a América Latina, Claudia Polhmann. A executiva ressalta que o agronegócio ainda é majoritariamente formado por homens, brancos, heterossexuais, mas também há um aumento de mulheres, principalmente, em papéis de liderança dentro do setor. No final de 2023, 56% dos trabalhadores na área eram homens e 44% mulheres, conforme dados apurados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ou seja, a participação feminina caminha para alcançar a metade da força de trabalho. Além do crescimento da presença feminina, muitas destas funcionárias passaram a optar por ter filhos mais tarde, assim como ocorre em companhias de outros setores da economia. “Com o aumento da longevidade, as mulheres estão tendo filhos na casa dos 40 anos. Então, proporcionar esse benefício permite a elas encontrar a melhor solução, ou outras formas de compor o planejamento familiar”, acrescenta Claudia. RH da Corteva Agriscience para a América Latina, Claudia Polhmann Corteva/Divulgação Marcela von Zuben, líder de Comunicação para a marca Brevant Sementes, da Corteva, já tinha escolhido 2024 para ser o ano em que congelaria seus óvulos. “Vou fazer 32 anos em agosto, tenho amigas que congelaram com 36 ou 37 anos, e soube que quanto mais cedo você faz o procedimento, melhor é a preservação dos seus óvulos”, relata. Com base nisso, Marcela foi uma das primeiras interessadas no novo benefício da Corteva que, até então, ela nem sabia que era possível em alguma empresa. Segundo a líder, foi necessário um cadastro simples na plataforma digital e poucos dias depois foi gerado seu cartão virtual com o valor de R$ 35 mil em créditos. “Você entra na ferramenta, coloca o procedimento que tem interesse e eles também oferecem um espaço para tirar dúvidas, caso você ainda não tenha decidido o procedimento que melhor te atenda. Busquei as clínicas homologadas em que eu poderia usar, tinham quatro na minha região de Campinas (SP) e já passei pela primeira consulta”, conta. Marcela diz que o valor da consulta foi debitado automaticamente, como em um cartão de crédito comum, e seu saldo vai sendo atualizado. O benefício é de uso livre por mais de uma vez até que o saldo se esgote. De acordo com o orçamento feito pela executiva, os custos para congelamento de óvulos vão de R$ 17 mil a R$ 20 mil, a depender da clínica e da cidade. Após o procedimento, é necessário o pagamento de uma anuidade para manter os óvulos, que ela pretende custear com o benefício corporativo até atingir o limite. A consultora de Aquisição de Talentos da Corteva, Letícia Nobre, também já buscou o benefício, mas para a formação de uma família homoafetiva com sua esposa. “Desde que nos conhecemos e começamos a falar sobre planos de vida, a gente sempre considerou ter um filho e ela faria a gestação. Tínhamos o plano de considerar uma inseminação depois de dois anos do casamento e quando a Corteva lançou o benefício, isso anteciparia os nossos planos para agora”, afirma. Letícia Nobre, onsultora de Aquisição de Talentos da Corteva, busco o benefício para começar a formação de sua família Corteva/Divulgação Segundo ela, seu contato como usuária da plataforma começou em março, e o casal receberá toda a orientação necessária sobre como formar uma família sendo parte da comunidade LGBTQIA+. “Acho que esse benefício vem de acordo com tudo que a Corteva prega, quando falamos de diversidade, equidade e acesso”, avalia. A expectativa de Letícia também é custear todo o valor do procedimento, orçado entre R$ 17 mil e R$ 23 mil, com o benefício. “A gente sabe que em algumas vezes não dá certo na primeira tentativa, mas espero até o final do ano ou começo do próximo já ter um bebê no forninho”.

Junho 30, 2024 - 07:02
Empresa do agro dá benefício para planejamento familiar inclusivo
Corteva oferece R$ 35 mil por colaborador para apoio em adoção e procedimentos de fertilidade Com o objetivo de levar para a empresa práticas que sejam reflexo da evolução da sociedade, a Corteva começou a oferecer neste ano um benefício para planeja >>>

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