Preço do leite continua subindo, mas já preocupa o pecuarista
Pecuária Preço do leite continua subindo, mas já preocupa o pecuarista Cotação tem previsão de queda nos próximos meses Sidnei Maschio 03/07/2024 18:31 Pecuária Conforme já foi falado aqui e disso os companheiros e companheiras fazendeiro brasileiros tão perfeitamente sabelizados, o preço do leite ao produtor teve mais um forte aumento no mês passado, que chegou a 9,8% em relação ao pagamento anterior, né. E com o carretão firmemente embicado na subida, esta foi décima alta mensal seguida, de acordo com os dados levantados pelo pessoal do Cepea, que é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq de Piracicaba, aqui no Estado de São Paulo. Mas em vez de merecer estralada de rojão e festa de comemoração, a situação atual tá sendo motivo de preocupação pro pecuarista que ganha a vida nesta lida de criar bezerra e ordenhar vaca leiteira, isso porque a previsão dos especialistas é de que a cotação deve parar de subir e pode até regredir daqui pra frente.A primeira questão é que, desde que esta escalada altista começou, a indústria laticinista tá repassando a valorização da sua matéria prima pro preço final dos produtos que ela vende no mercado, o que naturalmente faz parte da lógica comercial, né. Por conta disso, na negociação entre a usina e o setor atacadista, agora em maio o uht, que é o leite de caixinha, subiu 5,1%, a muçarela teve alta de 5,9%, e o leite em pó fracionado ficou 4,5% mais caro. O problema é que, e isso também já faz tempo, o consumidor brasileiro não tá com tanto dinheiro assim na algibeira pra acompanhar essa ventania subideira, e o resultado é que, com a mercadoria ficando parada na geladeira, os grandes distribuidores não querem aceitar mais aumentos e tão encostando a faca no peito dos seus fornecedores.No meio dessa briga de cachorro grande, a pressão baixista já tá batendo no lombo do pecuarista, que é a parte mais fraca do mercado e, como sempre, acaba pagando o pato, né. Por outro lado, com os preços atuais aqui no nosso terreiro, agora já tá voltando a ser vantajoso pros laticínios e distribuidores comprar lá fora. Lembrando que, entre o fechamento do negócio e a entrega da mercadoria a demora é de dois ou três meses, no mês passado as importações tinham apresentado uma forte redução, mas com o resultado da situação do mercado lá em março e abril, né. De acordo com a Secex, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, de janeiro a maio do ano presente o volume importado foi o equivalente a 923 milhões de litros, um aumento de 5,1% sobre o período correspondente do ano passado.
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