CRA Sênior da Yara paga 100% aos investidores

Saldo remanescente dos valores que eram para ser quitados no dia 20 de junho foram liquidados no dia 4 de julho A Ecoagro Securitizadora informou, em comunicado ao mercado, que no dia 4 de julho foram quitadas todas as obrigações perante os titulares dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) Sênior e Subordinado que tinham como lastro valores a receber decorrente da venda de produtos da Yara Fertilizantes. Os títulos não foram pagos integralmente na data originalmente estabelecida. Leia mais Unigel discute contrato de US$ 1 bi com Petrobras e tenta manter fábricas de fertilizantes Marfrig fará emissão de R$ 500 milhões em CRA Devido à inadimplência de nove de 26 revendas de produtos da Yara que originaram o lastro dos CRAs, apenas uma parcela dos títulos foi paga na data prevista, em 20 de junho. Depois de um atraso de duas semanas, os investidores finalmente conseguiram reaver os recursos na totalidade. O CRA Sênior da Yara tinha uma característica particular, já que não contavam com a garantia da multinacional. Apenas os CRAs do tipo subordinado tinham a fiança da empresa. Essa estrutura é pouco usual, já que a maioria dos CRAs Sênior são vendidos para pessoas físicas com o apelo de ser um investimento garantido por uma empresa de primeira linha e com rendimentos sem imposto de renda. Na formalização do título, no entanto, os CRAs Sênior têm prioridade sobre o fluxo de recebimentos das revendas. Assim, mesmo com algumas revendas ainda inadimplentes, o montante arrecadado já foi suficiente para quitar a parcela do CRA Sênior. Saiba-mais taboola Como é o financiamento do agronegócio As revendas de insumos utilizam os valores a receber referente às vendas a prazo aos clientes finais para captarem recursos no mercado financeiro. Esses valores são chamados de “recebíveis”. O objetivo é "antecipar o fluxo de recebimento e pagar o produto à vista", explica Cristian Fumagalli, responsável pela área de relações com investidores da EcoAgro, a empresa que estruturou a operação. No entanto, em razão de um atraso no plantio da safra 23/24, os produtores também atrasaram seus pagamentos. Das nove empresas com atrasos, sete já finalizaram ou estão em processo de regularizar a situação com a Yara, diz Fumagalli. A securitizadora é responsável pelo processo de cobranças. Ele diz ainda que "agora que o agro precisa de apoio, nenhuma das revendas, em nenhum momento, indicou a possibilidade de não pagamento. O que a gente viu foi a comprovação delas de que o pagamento iria acontecer, mesmo que um pouco mais tarde". Quando o atraso foi anunciado, havia a perspectiva de que o valor devido pelas revendas seria liquidado de uma forma que o mercado do agronegócio brasileiro chama de 'barter'. Na prática é o pagamento em produtos, no caso em grãos. Posteriormente, em 30 de julho, os grãos recebidos seriam vendidos e o valor seria pago aos investidores. Ainda que a alternativa tivesse sido cogitada, Fumagalli explica que não é uma prática recorrente. "Este é um programa que não permitia a liquidação em produto, mas no processo de cobrança a gente não poderia ignorar, em nenhum momento, a realidade do campo. Então começamos a acompanhar junto com essas revendas como estava a performance dos “barters” que elas tinham dentro da sua atividade e a forma que elas fariam a monetização disso". Felizmente para os investidores no CRA Senior da Yara, nada disso foi necessário e os valores acabaram sendo depositados na conta.

CRA Sênior da Yara paga 100% aos investidores
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