Preço da soja cai no Brasil, acompanhando Chicago

Nem a alta do dólar foi suficiente para compensar a desvalorização da oleaginosa O preço da soja no mercado brasileiro teve baixa na segunda-feira (8/7), refletindo a queda do preço na bolsa de Chicago. Nem mesmo a alta do dólar, que fechou a R$ 5,47 na sessão do dia, foi suficiente para compensar o efeito da desvalorização da oleaginosa no mercado internacional. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Em Chicago, o mercado futuro de soja acompanhou a tendência dos demais grãos na sessão de segunda. Com previsão de chuva nas áreas de plantio dos Estados Unidos reforçando a expectativa de safra cheia, o contrato para agosto recuou 1,48% e ajustou para US$ 11,48 o bushel. De acordo com a consultoria Agrifatto, a retração nas cotações chegou a R$ 3 a saca de 60 quilos em algumas praças do Brasil. No porto de Paranaguá (PR), o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) voltou a ficar abaixo dos R$ 140 e chegou a R$ 139,75 (-1,15% em comparação com a sexta-feira, dia 5). A referência dos negócios no Paraná caiu 1,68% no dia e ficou em R$ 135,68 a saca. Saiba-mais taboola Em Mato Grosso, a média calculada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) caiu 2,58% na segunda feira, com a saca valendo R$ 117,60. Houve retração das cotações em todas as regiões do Estado, maior produtor nacional. No acumulado da semana passada, o valor de referência tinha acumulado alta. Na segunda-feira (8/7), o Imea informou que a comercialização de soja da safra 2023/24 chegou a 84,34% da produção em junho, 6,44 pontos percentuais a mais que no mês anterior, mas ainda abaixo da média dos últimos cinco anos. As vendas antecipadas da safra 2024/25 totalizaram 20,17% da safra projetada. Enquanto o grão da safra velha subiu 3,24% e foi vendido, em média, a R$ 121,19 a saca no mês passado, o da safra nova ficou praticamente estável, com baixa de 0,05%, a R$ 108,05. Segundo os técnicos do Instituto, os produtores mato-grossenses ofertaram mais soja pela necessidade de travar os custos para o plantio da temporada 2024/25. Demanda firme Nas contas do Cepea, o mês de junho terminou com as maiores médias mensais do ano para os preços da soja. Em termos reais (descontando a inflação), o indicador base Paranaguá foi de R$ 138,92 a saca e a referência Paraná, de R$ 133,98, altas de 2,1% e de 2,4% em relação a maio, respectivamente. “O impulso veio da firme demanda internacional pelo produto brasileiro. Além disso, uma parcela de sojicultores e mostra resistente em comercializar grandes volumes, na expectativa de que a taxa cambial continue favorecendo as exportações”, informam os pesquisadores, em nota. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que as exportações de soja atingiram um novo recorde no primeiro semestre deste ano. Foram 64,13 milhões de toneladas, 2,2% a mais que os embarques do mesmo intervalo em 2023. A China comprou 72,2% do total no período: 46,32 milhões de toneladas. O atual ritmo das exportações de soja do Brasil indica um cenário otimista para os preços internos, avalia o CEO do Sim Consult, João Birkhan. Segundo ele, só na semana passada, os chineses compraram soja da Argentina, Estados Unidos, e, principalmente, do Brasil, em um volume somado de 2,52 milhões de toneladas do grão. Birkhan destaca que, no mercado interno americano, os prêmios estão melhorando. Segundo ele, na região de Des Moines (Iowa), os diferenciais, que estavam negativos em US$ 0,70 sobre Chicago, estiveram, nos últimos dias, em US$ 0,05 abaixo da bolsa. Em sua avaliação, é um indicativo de escassez de produto disponível. No Brasil, os prêmios de exportação se mantêm positivos, mostra o levantamento do Sim Consult. Para agosto de 2024, o diferencial está em US$ 0,42 por bushel acima do preço de Chicago. Para setembro, o ágio é de US$ 0,62 o bushel sobre a cotação na bolsa. “A exportação mundial de óleo também está reduzida. Em todos os produtores de óleo de soja. Todo mundo está se dedicando à produção de biocombustível e isso diminui a disponibilidade de óleo comestível, o que também melhora o mercado”, ressalta Birkhan, em vídeo divulgado via internet.

Preço da soja cai no Brasil, acompanhando Chicago
Nem a alta do dólar foi suficiente para compensar a desvalorização da oleaginosa O preço da soja no mercado brasileiro teve baixa na segunda-feira (8/7), refletindo a queda do preço na bolsa de Chicago. Nem mesmo a alta do dólar, que fechou a R$ 5,47 >>>

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