Ministro quer isenção para alimentos in natura e mais imposto para agrotóxicos na reforma tributária

Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, apresentou propostas ao coordenador do Grupo de Trabalho sobre a reforma tributária na Câmara dos Deputados O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, defendeu a redução da taxação de alimentos in natura, de produtos oriundos da sociobiodiversidade e minimamente processados, bem como dos bioinsumos na regulamentação da reforma tributária, em análise na Câmara dos Deputados. Por outro lado, ele quer a elevação de alíquotas para agrotóxicos com mais toxicidade, comidas ultraprocessadas e açucaradas. Leia também Reforma tributária: ressarcimento de crédito e regras para biodiesel preocupam indústria 'Cashback' para carnes é alternativa à proposta de incluir proteína animal na cesta básica Teixeira apresentou propostas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ao deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que coordena o Grupo de Trabalho sobre a Reforma Tributária, nessa terça-feira (9/7). Nas redes sociais, ele comentou que o aumento da carga de impostos para alimentos processados vai “ampliar o acesso aos alimentos saudáveis e promover mais saúde” para a população por meio da alimentação. “Trouxemos algumas preocupações nesta reta final da reforma. A primeira é para taxar fortemente os agrotóxicos de alta periculosidade e que tenham grande toxicidade, e não taxar os bioinsumos, pois assim estimulamos transição para agricultura mais biológica”, disse o ministro. “A segunda proposta é taxar mais os alimentos ultraprocessados, para estimular que a população coma comida fresca e com baixo processamento. E em terceiro, os açucarados, para estimular o consumo de frutas e sucos naturais”, completou. O deputado Reginaldo Lopes afirmou que a preocupação é elaborar uma proposta para gerar um sistema tributário mais simplificado e justo. “Vamos reduzir a carga tributária para a mesa do povo brasileiro, para os alimentos, de 35% para 26%. Isso vai dar ganho de competitividade e produtividade”, afirmou, nas redes sociais.