Governo eleva preços mínimos do arroz para estimular produção

Aumentos foram mais significativos para as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste O governo federal decidiu elevar os preços mínimos do arroz para a safra 24/25 como forma de incentivar a expansão do plantio e da produção da cultura em todo o país. Outros produtos cultivados no verão, como soja, milho e feijão, tiveram redução nos índices. A portaria foi publicada hoje pelo Ministério da Agricultura. Veja também: Os aumentos nos preços mínimos do arroz foram mais significativos para as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste e para o Paraná, com incremento de 10% em relação aos índices da temporada anterior. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, Estados responsáveis por 85% da colheita nacional atual, de 10,6 milhões de toneladas, a alta será de 5%. Os novos preços valem entre fevereiro de 2025 e janeiro de 2026. "Os custos de produção reduziram muito de uma safra para outra. O aumento do preço mínimo para o arroz, mesmo com a redução de custos é para incentivar a produção. Esse preço um pouco maior por quilo fora da região Sul é para estimular a produção em outras regiões e reduzir a concentração em apenas um Estado", afirmou à reportagem o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. Ele ressaltou que também houve redução de custos no Sul, mas mesmo assim o preço mínimo lá também foi majorado. "Não queremos reduzir a produção de arroz no Sul, mas ampliar a participação de outras regiões no total da população nacional", completou. Os preços mínimos do arroz longo fino em casca (tipo 1) passarão de R$ 72,73 para R$ 80 a saca de 60 quilos no Paraná e regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, elevação de 10% no índice. Para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o preço da saca de 50 quilos será de R$ 63,64 na safra 2024/25 ante R$ 60,61 na temporada passada, alta de 5%. Para o arroz longo em casca (tipo 2), o preço mínimo da saca de 50 quilos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina sobe de R$ 20,55 para R$ 21,88. Nos demais Estados do país, o índice sai de R$ 26,90 para R$ 29,59 para a saca de 60 quilos. Política pública Os preços mínimos servem de baliza para políticas públicas de apoio à comercialização, como o lançamento de contratos de opção de venda e as aquisições para formação de estoques. As duas medidas estão no radar do governo federal para esta safra como forma de estimular o aumento da produção de arroz e o barateamento do preço aos consumidores finais, disse na semana passada o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em conversa com jornalistas. Ele também ressaltou o lançamento de novas cultivares da Embrapa Arroz e Feijão para o plantio com irrigação de pivôs centrais, adaptadas para áreas fora do Sul, como o Centro-Oeste e o Tocantins. Segundo Teixeira, a produção em Goiás, por exemplo, deve dobrar e chegar a 120 mil toneladas do cereal na temporada 24/25. Hoje, a estatal de pesquisa divulgou um estudo sobre o potencial produtivo de arroz em Tocantins. A atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), feito pela Embrapa, apontou as melhores épocas de semeadura do arroz, com chances de sucesso de 80% para boa parte do Estado. Atualmente, 90% das áreas dos produtores tocantinenses são cultivadas com sementes da estatal. Os preços mais caros do arroz, item básico da alimentação da população, nas gôndolas dos supermercados refletiram na inflação do país na primeira metade deste ano e interferiram na popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Com a catástrofe climática no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional e que já havia colhido quase toda safra, o governo adotou medidas para estimular a importação e anunciou a compra pública de até 1 milhão de toneladas do cereal estrangeiro por meio de leilão. O pregão acabou anulado após suspeitas de irregularidades e tráfico de influência entre operadores privados, sem tradição nesse tipo de mecanismo, e agentes públicos que estavam em cargos-chave. Outras culturas Os demais produtos cultivados na safra de verão tiveram preços mínimo reduzidos na maior parte do país. As exceções foram o cacau, que se valorizou 14,71% para as regiões Centro-Oeste e Norte. Nesses lugares, o quilo da amêndoa passará de R$ 13,05 para R$ 14,97, e a mandioca, que teve incremento, de 13,27%, no Norte e Nordeste. O preço mínimo do milho também foi majorado no Nordeste em 9,48%, passando de R$ 50,30 para R$ 55,07 a saca de 60 quilos, com exceção do Oeste da Bahia, Maranhão e Piauí. Nesses Estados e regiões, mais o Pará e Tocantins, o preço mínimo do cereal aumentará 3,42%, saindo de R$ 39,21 para R$ 40,55. Nesse conjunto de Estados o sorgo também se valorizou na mesma proporção, passando de R$ 29,41 para R$ 30,41 a saca de 60 quilos. O preço mínimo da soja caiu 11,86% em todo o país, de R$ 86,54 para R$ 76,28 a saca de 60 quilos para a safra 2024/25. O preço mínimo do milho caiu 4,10% no Paraná e na região Sudest

Governo eleva preços mínimos do arroz para estimular produção
Aumentos foram mais significativos para as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste O governo federal decidiu elevar os preços mínimos do arroz para a safra 24/25 como forma de incentivar a expansão do plantio e da produção da cultura em todo >>>

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