Aliança Global quer incentivo à agricultura familiar contra fome e pobreza
Aliança Global quer incentivo à agricultura familiar contra fome e pobreza O combate à fome vai além da distribuição de alimentos. As políticas e estratégias que vêm sendo desenhadas pela presidência brasileira no G20 (grupo de 19 grandes economias globais, mais a União Europeia e a União Africana) também visam à integração social e econômica dos mais pobres e de pequenos produtores, de modo a incluí-los no mercado nacional e global de alimentos. Veja também: A principal iniciativa é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada em 24 de julho. O programa terá uma cesta de propostas com eficácia comprovada no combate à fome e à pobreza e será aberto para a adesão de qualquer país do mundo. O lançamento ocorrerá durante a reunião ministerial do G20, no Rio de Janeiro, na sede nacional da Ação da Cidadania, uma organização não governamental (ONG) voltada para o combate à insegurança alimentar. O programa terá uma cesta de propostas com eficácia comprovada no combate à fome e à pobreza e será aberto para a adesão de qualquer país do mundo. O lançamento será durante a reunião ministerial do G20, no Rio de Janeiro, na sede nacional da Ação da Cidadania, uma organização não governamental (ONG) voltada para o combate à insegurança alimentar. Durante as discussões para a criação da aliança, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que determina que 30% dos produtos adquiridos sejam de produtores locais, foi apontado como um dos que têm maior impacto na redução da fome e da pobreza, com um retorno significativo de investimento. A estimativa apontada pelo G20 é que a cada US$ 1 investido haja um retorno de nove vezes o valor com a redução de danos em outras áreas sociais. O PNAE é um dos maiores programas de acesso à alimentação do Brasil e virou vitrine mundial. Saulo Ceolin, cocoordenador da Força-Tarefa do G20 para o estabelecimento da Aliança Global, aponta que a maior parte das 730 milhões de pessoas que passam fome no mundo estão concentradas no campo e que, por isso, há uma conexão essencial do fortalecimento da agricultura familiar com o esforço de combate à fome. Vamos prever políticas de incentivo à produção da agricultura familiar” “Vamos prever na cesta políticas que são de incentivo à produção da agricultura familiar, como a da alimentação escolar no modelo brasileiro. Há ainda políticas no modelo do Cadastro Único, o Bolsa Família, que são instrumentos ou políticas que atendem esse fim, mas não são voltadas especificamente para isso”, afirma. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é tido como uma “clássica política” que une combate à fome com inclusão social. Seu modelo também estará na cesta da Aliança Global Contra a Fome e à Pobreza. Agricultores no CadÚnico O PAA realiza compra direta de alimentos da agricultura familiar e os destina para pessoas em situações de insegurança alimentar e nutricional e para a rede socioassistencial, como restaurantes comunitários e cozinhas solidárias. Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS) destaca que o programa gerou a inclusão de uma diversidade de público, como indígenas e quilombolas, e fez com que agricultores familiares passassem a ter acesso aos mercados de consumo. Hoje, mais de 60% dos agricultores familiares são mulheres e 70% estão na base do Cadastro Único. “Se tem pessoas que não acessam o alimento, nunca será possível ser uma nação desenvolvida, porque não haverá uma população que consiga se inserir produtivamente em atividades geradoras de renda”, comenta. Hoje, os agricultores familiares são o coração da produção alimentar de qualquer país e chave para o combate à fome e inclusão social. No Brasil, são eles os responsáveis pela produção dos alimentos perecíveis e são também os mais pobres e com menos recursos para conseguir sobreviver e superar problemas como os das mudanças climáticas. No país, cerca de 6 milhões de famílias são registradas como agricultores familiares, o que daria um cálculo aproximado de 30 milhões de pessoas beneficiadas por políticas voltadas para a agricultura familiar, evitando, por exemplo, o êxodo para grandes cidades e o aumento da pobreza e criminalidade. Há, no entanto, dificuldade para a plena inclusão desses agricultores nos mercados globais, que variam de acordo com a realidade de cada país. A avaliação é que o Brasil já tem um quadro maior de incentivo da agricultura familiar, com criação de mercado, como o PAA, e de apoios diretos ao setor, como o Plano Safra da Agricultura Familiar. Já na África, por exemplo, onde os países estão em situação de pobreza extrema, fome e com boa parte da população menos urbanizada do que a média do Brasil, há uma dificuldade de acesso a insumos, como sementes e adubos. Há, ainda, problemas de infraestrutura, que dificulta que a produção local chegue aos centros consumidores. Esse é um dos problemas ressaltados pela União Africana durante sua participaç
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