Defesa Civil e Polícia Ambiental começam a tirar peixes mortos do Rio Piracicaba

Ação visa mitigar os riscos ambientais, informou o governo paulista. Usina de cana foi responsabilizada e multada pelo órgão ambiental do Estado A Defesa Civil e a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo começaram, neste sábado (20/7), a retirar os peixes que morreram no Rio Piracicaba. Em nota, o governo paulista informou que a ação visa mitigar os danos ambientais na região. O trabalho é feito em colaboração com as prefeituras municipais de Piracicaba e de São Pedro, e tem apoio da Secretaria estadual do Meio Ambiente. Leia também Milhares de peixes morrem no Rio Piracicaba devido à poluição Órgão ambiental multa empresa em R$ 18 milhões por morte de peixes no Rio Piracicaba "As principais frentes de trabalho incluem a utilização de maquinário da prefeitura e barcos da Polícia Ambiental, complementados pelo suporte tecnológico de drones para aumentar a eficiência operacional", informa o Governo de São Paulo, em nota. De acordo com a Cetesb, a companhia ambiental do Estado, as mortes dos peixes ocorreram em dois locais: na área urbana de Piracicaba, no dia 7 de julho, e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã, no dia 15 de julho. Nas investigações, as autoridades concluíram que o dano ambiental foi causado por dejetos da Usina São José S/A de Açúcar e Álcool, que foi multada em R$ 18 milhões. A Prefeitura de Piracicaba anunciou que vai, por decreto, criar o que chama de Pelotão do Rio, em parceria com a Marinha do Brasil e a Guarda Municipal para um monitoramento permanente do curso d'água. A administração municipal informou que pedirá para parte do valor da multa ser usado para recuperar a população dos peixes e apoiar as comunidades ribeirinhas. A estimativa é de que o repovoamento de peixes no Rio Piracicaba leve pelo menos cinco anos.