Como a ciência ajuda a produzir alimentos em ambientes desafiadores

Agricultura brasileira está se preparando para mostrar que tem ciência, tecnologia e inovação para superar crises globais O Brasil se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém (PA), em novembro de 2025, quando delegações de todo o mundo estarão no país para discutir questões relevantes para o enfrentamento às mudanças climáticas, que envolvem desde temas como adaptação e resiliência até a justiça climática, pobreza e combate à fome. A Amazônia será palco tanto para intensos debates quanto para mostrar ao mundo que a ciência agropecuária brasileira está na vanguarda mundial ao desenvolver tecnologias e práticas inovadoras que visam aumentar a produtividade, a sustentabilidade e a resiliência do setor agrícola. Saiba-mais taboola O Projeto Fertilize 4 Life (F4L) é exemplo dessa vanguarda. Cientes da necessidade do país de garantir sua soberania alimentar, tornando-se menos dependente de importações de fertilizantes, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se lançaram ao desafio de pesquisar, em parceria com cientistas americanos, alternativas para a produção e uso eficiente de nutrientes do solo e de bioinsumos. A ação integra gestores e pesquisadores do Departamento de Estado dos Estados Unidos (DOS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), da Universidade da Flórida (UF) e do Centro Internacional para o Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC), que recentemente vieram ao país em missão internacional à Embrapa, no âmbito do projeto Fertilize Right, “Desafio Global de Fertilizantes” do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que tem como objetivo garantir segurança alimentar, reduzir impactos climáticos e fortalecer o uso eficiente e alternativas aos fertilizantes químicos. O projeto americano conta com a iniciativa F4L, envolvendo quatro projetos de pesquisa em colaboração entre a Embrapa e as instituições dos EUA. Durante a missão, chamou atenção dos americanos o nível elevado da pesquisa brasileira em agricultura para reduzir os impactos negativos no clima e aumentar a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas produtivos. Na ocasião, assinaram acordos de cooperação técnico-científica, que garantiram o aporte inicial de US$ 1.2 milhão, sendo US$ 620 mil destinados a iniciativa F4L dentro do Brasil, contando com a participação de nove centros de pesquisa da Embrapa. Até 2027, a expectativa é de investimentos financeiros de cerca de US$ 5 milhões em projetos conjuntos de cooperação técnico-científica ligados aos seguintes temas: 1) agricultura de precisão, big data e inteligência artificial; 2) produtos biológicos, microbiologia do solo e saúde do solo; 3) novos produtos fertilizantes de solo, incluindo fertilizantes organominerais e bioestimulantes; e 4) uso de plantas de cobertura do solo e sistemas integrados para uso mais eficiente de nutrientes. Globo Rural Estados Unidos e Brasil são líderes globais na produção agrícola e de alimentos e, em conjunto, alimentam cerca de 25% da população mundial. O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes, depois da China, Índia e EUA. Aproximadamente 80% dos fertilizantes consumidos pelo agronegócio brasileiro são importados. EUA e Brasil são grandes importadores de fertilizantes, dos quais os seus sistemas de produção agrícola intensiva são altamente dependentes. A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e outros eventos externos chocou o sistema alimentar global, aumentando o preço dos alimentos e trazendo preocupações com a insegurança alimentar a nível mundial. Mesmo antes deste episódio, os preços dos alimentos e dos fertilizantes estavam subindo como resultado dos efeitos combinados pós-pandemia de COVID-19, efeitos das mudanças climáticas, conflitos armados, evidenciando a vulnerabilidade da cadeia de abastecimento de alimentos ao redor do mundo. Leia mais opiniões de especialistas e lideranças do agro Depois da catástrofe climática que assolou recentemente o Rio de Grande do Sul, o país volta-se cada vez mais para questões ligadas ao clima, e a agricultura pode ser parte da solução. Em termos de mitigação dos efeitos dos gases de efeito estufa na agricultura, o Brasil tem muito a mostrar. Pesquisadores da Embrapa possuem uma ampla gama de dados científicos que comprovam os benefícios de diferentes opções de sistemas agrícolas com intensificação sustentável no Brasil, como Integração, Lavoura e Pecuária (ILP) e Integração, Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF), com uso de plantas de cobertura, por exemplo. Estes sistemas integrados de produção podem gerar grandes benefícios para o clima, como aumento do estoque de carbono no solo e mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Decorrem disso, os programas de certificação sustentável em alimentos, como Carne Baixo Carbono, Soja Baixo Carbono e Carne Carbono Neutro, que já estão chegando ao mercado consumidor. Há mais de duas décadas, a Embrapa também pesquisa e desenvolve f

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