Preço médio dos produtos do mercado internacional do leite é de US$3.837 por tonelada

Pecuária Preço médio dos produtos do mercado internacional do leite é de US$3.837 por tonelada Valor representa um aumento de 0,4% em relação há 2 semanas Sidnei Maschio 22/07/2024 19:19 Pecuária Andando debaixo de um céu cismento e com vento mudando de lado toda hora, o mercado internacional do leite e seus derivados agora tá ziguezagueando sem rumo certo, feito um carretão puxado por uma junta de bois mal domados e desorientados. Esta é a conclusão a ser tirada dos resultados do último leilão da GDT, a Global Dairy Trade, que reúne numa grande plataforma de negociação alguns dos maiores fornecedores e os principais compradores do setor no mundo inteiro. O que tem pra ser contado é que, neste segundo evento de julho, realizado na terça-feira da semana passada, 16, o preço médio dos produtos apresentados pra venda ficou em US$ 3.837 por tonelada, com um ligeiro aumento de 0,4% em relação ao pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semanas antes.Conforme o companheiro fazendeiro brasileiro deve ter recordação, naquela ocasião a cotação levou um dolorido tombo de 6,9%, e o motivo desta mudança de direção registrada agora foi o apertamento no volume de derivados negociados neste leilão. A oferta foi de 22.954 toneladas, com queda de 4,9%, fazendo sempre a mesma comparação. Diferentemente do caso que foi passado na primeira metade do mês presente, desta vez os preços andaram em rumos desencontrados, sendo que, dos que subiram, o queijo cheddar teve a maior alta, de 6,2%, passando pra US$4.217 por tonelada. Já o leite em pó integral, que é o derivado negociado em maior quantidade na GDT, caiu 1,6% e saiu a US$3.142 por tonelada.Passando então pra explicação dos motivos destes enleios e devorteios do mercado, a questão principal é que, apesar do ligeiro aumento registrado neste último leilão, não dá pra cravar uma aposta na continuação da alta porque os países importadores, com a China comandando esta banda, tão com a câmara fria mais pra cheia do que pra vazia, e não tão precisando fazer correria pra comprar mais mercadoria. Já a respeito de como é que este resultado vai influenciar o setor leiteiro brasileiro, o pessoal do portal Milkpoint lembra que praticamente tudo o que a gente compra lá fora vem da Argentina e do Uruguai. Aí, como o nosso preço interno tá maior do que o deles, e a cotação no mundo inteiro tá enfraquecida, a importação vai continuar sendo favorecida, e o resultado é que os fornecedores estrangeiros vão continuar lavando a égua aqui no nosso próprio terreiro.