Consórcios no agronegócio brasileiro: fortalecimento e influência
O agronegócio brasileiro é uma força necessária do país, contribuindo significativamente para o crescimento econômico, a geração de empregos e a produção de alimentos tanto para o mercado interno quanto para a exportação. Dados divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em julho de 2023, mostram que o agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 74,07 bilhões, o que representa um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2022. As exportações do setor somaram US$ 82,33 bilhões, enquanto as importações, US$ 8,25 bilhões – valores 3,9% e 1,6%, respectivamente, acima dos observados no ano anterior à pesquisa.
O segmento de consórcios injetou potencialmente quase R$12 bilhões no segmento agro, de 2019 a 2023, segundo a ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios). Ainda de acordo com uma pesquisa da associação (ABAC), divulgada em junho de 2023, somente as adesões de máquinas e implementos agrícolas cresceram mais de 350% nos últimos cinco anos.
Este cenário de crescimento constante, se deve principalmente ao modelo de negócios, em que o consórcio está baseado, que é o acesso a crédito sem juros ou necessidade de entrada e com uma menor burocracia comparada aos financiamentos tradicionais. Desta forma garante a modernização da infraestrutura agrícola e a melhoria da produtividade de uma maneira segura e sem pesar no bolso do agricultor.
Um dos principais benefícios desses dois segmentos juntos é o fortalecimento da produção. Ao unir forças, os participantes podem investir em equipamentos modernos, técnicas de cultivo avançadas, pesquisa e desenvolvimento de novas variedades de culturas. Isso não só aumenta a eficiência e a produtividade, mas também permite a diversificação da produção, reduzindo a dependência de culturas específicas e aumentando a resiliência às flutuações do mercado.
Os consórcios também proporcionam aos participantes acesso a mercados e tecnologias que, de outra forma, poderiam ser inacessíveis. Por meio da cooperação entre diferentes agentes, é possível criar redes de distribuição mais eficientes, explorar novos canais de venda e negociar acordos comerciais vantajosos. Além disso, facilitam a transferência de conhecimento e tecnologia entre os membros, promovendo a inovação e o desenvolvimento sustentável no setor agrícola.
Outro aspecto importante para o setor sobre o consórcio é a tranquilidade e segurança. A agricultura está sujeita a uma série de fatores externos, como condições climáticas adversas, flutuações de preços e regulamentações governamentais e por isso no consórcio, o agricultor encontra a segurança de que seu investimento está protegido dessas variações, diversificar seus investimentos e distribuir os riscos de forma mais equitativa. Isso torna o setor agrícola mais resiliente e capaz de enfrentar os desafios da safra e de mercado que possam surgir.
No Brasil, diversos exemplos demonstram o potencial dessa estratégia para impulsionar o desenvolvimento do setor. Um exemplo é o formado por produtores de soja para investir em pesquisa e desenvolvimento de técnicas de cultivo sustentável. Outro exemplo é entre empresas agrícolas e instituições de pesquisa para desenvolver novas variedades de cana-de-açúcar mais resistentes a pragas e doenças.
Por fim, os consórcios estão se tornando uma ferramenta cada vez mais importante no agronegócio brasileiro, oferecendo uma maneira eficaz de fortalecer a produção, acessar mercados e tecnologias e mitigar riscos. Ao promover a colaboração e a cooperação entre os diferentes atores do setor, eles têm o potencial de impulsionar o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio, contribuindo para o crescimento econômico e o bem-estar social do país.
*Thiago Savian é Diretor Comercial da Unifisa, empresa brasileira de soluções financeiras, que oferece serviços financeiros com baixo custo de aquisição e com uma excelência em atendimento tanto para o cliente quanto para o parceiro.
Texto: Thiago Savian
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Fonte:
PiaR Comunicação
Melissa Watanabe