Quem é Raquel Kochhann, porta-bandeira do Brasil na abertura das Olímpiadas

Atleta do rugby tem origem rural, venceu câncer e sonha em conquistar a medalha de ouro nos Jogos. Conheça a sua história! As mãos que vão conduzir a bola de rugby pela terceira vez em uma Olimpíada e a bandeira do Brasil na abertura dos Jogos de Paris, que acontece hoje, às 14 horas, no horário de Brasília, já plantaram milho, feijão, mandioca e fumo, ordenharam vacas e recolheram ovos de galinhas. Leia mais Hipismo nas Olímpiadas de Paris: veja datas e onde assistir Famosos são donos de fazendas luxuosas; conheça e veja fotos Conheça o goleiro que pausou a carreira no futebol para plantar café Tudo isso aconteceu na propriedade da família de Raquel Kochhann, em Santa Catarina, onde ela passou grande parte da infância. A atleta de 31 anos é uma das Yaras, apelido dado às integrantes da seleção brasileira feminina de rugby, e sonha com a medalha de ouro em Paris, mas sem esquecer das origens. "Eu sempre gostei muito de trabalhar na roça. Adorava cuidar da criação, colocar as vacas na pastagem e fazer pasto. Às vezes, tirava leite antes de ir para a escola. Gostava de ir para a roça porque no fim do dia podíamos pular no rio. Converso com o meu pai de como poderia ser legal se pudéssemos ser grandes produtores se conseguíssemos viver da roça ainda", contou à Globo Rural. Família tinha criação de animais em fazenda em SC Arquivo Pessoal Raquel nasceu em Saudades (SC), mas cresceu em Pinhalzinho (SC) até os 14 anos. A mudança aconteceu quando o lucro da produção na lavoura e da criação de animais, principalmente bovinos e suínos, deixou fechar as contas. Assim, a família trocou o terreno na área rural por uma casa na parte urbana. “A minha mãe prestou concurso público como auxiliar de serviços gerais e meu pai começou a trabalhar em empresa. Ser um pequeno agricultor não era mais sustentável, infelizmente”, lamenta. Infância da atleta foi no campo Arquivo Pessoal A história com o rugby Junto com as atividades na lavoura, o esporte também era presente na rotina desde criança. O pai jogava futebol em times da comunidade e foi o espelho para ela e o irmão. Aos finais de semana, a dupla “trabalhava” como gandula. E nos demais dias, eram os potreiros, locais cercados para guardar o gado, que serviam como campo para trocarem passes e treinar a pontaria. “Quando tive idade, meus pais me inscreveram no futsal. Eles também me deram a oportunidade de experimentar aulas de dança, mas não me adaptei. Na escola, sempre participei dos Jogos Escolares competindo em inúmeras categorias”. Initial plugin text A paixão pelo rugby, modalidade em que a atleta vai competir em Paris, foi descoberta durante a faculdade de Educação Física, em Caxias do Sul (RS). Foi amor desde o primeiro contato e a porta para uma transformação na vida. Desde então, empilhou uma série de títulos estaduais, nacionais e internacionais – foi bicampeã gaúcha, campeã brasileira e bronze no mundial universitário. O primeiro clube da carreira foi o Serra Rugby. A entrada na seleção brasileira feminina de rugby para sete jogadores foi em 2012, após a aprovação em um teste. De lá para cá, nunca mais saiu. E como capitã da equipe, Raquel conquistou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014, em Santiago, no Chile, e a de bronze no Pan-Americano de 2015, em Toronto, no Canadá. Raquel descobriu o amor pelo rugby durante a universidade Arquivo Pessoal Câncer, um tabu para ser quebrado Em 2020, antes das Olimpíadas de Tóquio, Raquel percebeu um caroço na mama direita e procurou ajuda médica. O diagnóstico foi "fibroadenoma", tumor benigno que não demandava preocupações, mas que deveria ser monitorado. Saiba-mais taboola Um ano depois, quando o mesmo caroço tinha dobrado de tamanho, a atleta sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho em uma das etapas do Circuito Mundial e decidiu retirar o tumor para que a recuperação das duas operações ocorresse de forma simultânea e o retorno aos treinos pudesse ser mais rápido. Porém, não foi isso o que aconteceu. “Quando o material foi para a biópsia, encontraram células cancerígenas encapsuladas. Eu passei, então, ao setor de oncologia para fazer apenas um tratamento com bloqueadores, mas localizaram um foco secundário do câncer no osso”. Raquel Kochhann é capitã da seleção feminina de rugby Confederação Brasileira de Rugby A partir desse momento, a atleta começou o tratamento com quimioterapia e radioterapia. Outra forma de combater a doença foi a mastectomia bilateral nas mamas. O procedimento é considerado preventivo para mulheres com alto risco de desenvolver o câncer. E, no caso dela, era hereditário. A mãe teve a doença anos atrás. “Eu sigo com aplicação de medicação bloqueadora a cada 21 dias. E isso não possui nenhum efeito colateral que prejudique ou melhore a minha performance”. De volta, em busca da medalha Recuperada do câncer, Raquel voltou a competir profissionalmente em 2023 pelo Charrua Rugby, do Rio Grande do Sul, e logo foi convocada para a seleção, recebendo o apoio incondici

Quem é Raquel Kochhann, porta-bandeira do Brasil na abertura das Olímpiadas
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