Com novo dono, GSI projeta dobrar de tamanho em 5 anos na América do Sul

Crescimento no continente deve se apoiar no desenvolvimento de soluções de automação para silos e sistemas pós-colheita Com novo dono, a GSI promete fazer ruído no mercado de armazenagem e sistema pós-colheita no Brasil e outros países da América do Sul. A meta é dobrar de tamanho em cinco anos, levando em consideração o faturamento na região em 2023, de quase US$ 200 milhões. Leia mais Indústrias de máquinas agrícolas apostam nos tratores leves São Martinho: Acionistas aprovam R$ 150 milhões em dividendos e R$ 788,4 milhões para orçamento Na quinta-feira passada, a AGCO comunicou a venda de sua divisão Grãos e Proteínas à gestora de private equity American Industrial Partners (AIP), por US$ 700 milhões. É nessa divisão, que globalmente faturou US$ 1 bilhão no ano passado, que está a GSI e as marcas AP, Cimbra e Tecno (sistemas de automação), Cumberland, C-Lines e Agromarau (dedicadas a soluções para avicultura e suinocultura). Ricardo Marozzin, que acabou de completar 25 anos de trabalho na AGCO, seguirá no comando da GSI, com a missão de fazer a empresa crescer e rentabilizar o acionista. “Desde 2003, a AIP namora a GSI porque tem o desejo de entrar no agronegócio. É um fundo com ampla experiência no setor industrial, com US$ 16 bilhões de ativos sob gestão”, disse o executivo ao Valor. A API é sócia de 45 empresas, com diferentes segmentos de atuação, sobretudo, mas não só, nos EUA e Canadá. Entre seus sócios estão grandes fundos de pensão e investidores institucionais. “Em reuniões preliminares, percebemos que a AIP quer otimizar o ciclo positivo do agro na América do Sul e deve usar sua experiência para ajudar a GSI”, afirmou Marozzin. Um plano de investimentos, no entanto ainda não foi desenhado. O crescimento da empresa na região deve vir apoiado no contínuo desenvolvimento de soluções de automação para silos e sistemas pós-colheita e também na infraestrutura completa para suinocultura e avicultura. A antiga divisão da AGCO oferece desde a construção de galpões para abrigar os animais até sistemas autônomos para distribuição de aves e rações, controles eletrônicos e supervisão de operações a distância. “No atendimento aos criadores de aves e suínos, somos líderes e vamos continuar a investir em tecnologia “, disse. Na área de silos para a armazenagem de grãos, a GSI não consegue repetir no Brasil a hegemonia internacional e perde terreno para a Kepler Weber. “Estamos perseguindo e chegando perto da Kepler, que é uma empresa centenária e protagonista no cenário nacional. Há poucos anos, éramos o quinto player do setor de armazenagem no país e agora somos o segundo”, afirmou. Assim como a líder do segmento, a GSI aposta na inteligência artificial para automatizar silos e processos para os produtores. “Podemos, por exemplo, ser um exportador de tecnologia para as operações da empresa na África porque a região tem muita similaridade com a América do Sul”, disse. Na região, além do Brasil, o executivo enxerga como promissores os mercados da Colômbia, Peru e Paraguai. O negócio entre AGCO e a AIP envolve 14 fábricas no mundo, sendo duas no Rio Grande do Sul. A AGCO manteve uma divisão de armazenamento na China. O valor da operação implicou um múltiplo de 8,3 vezes o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) dos últimos 12 meses do negócio de armazenagem da AGCO, em 31 de março, e faz parte de uma mudança estratégica da companhia que vai focar em seu negócio principal. A GSI foi comprada pela AGCO em 2011 porUS$ 940 milhões. Em comunicado, o CEO da AGCO, Eric Hansotia, disse que “a venda deste negócio nos permite otimizar e aprimorar nosso foco no portfólio premium de máquinas agrícolas e produtos de tecnologia de agricultura de precisão, sustentando um foco de longo prazo em negócios de alto crescimento, alta margem e geração de fluxo de caixa livre”.

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