Laboratório da Embrapa analisa verrugose dos citros para fomentar exportação

Diagnóstico negativo para a doença pode facilitar vendas de limão tahiti para União Europeia (UE) O Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reconheceu o Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, localizado na Bahia, como apto para emitir laudos sobre a verrugose dos citros. A análise e laudo de ausência da doença facilita a exportação de limão tahiti para União Europeia (UE), que mantém restrições fitossanitárias rigorosas para pragas quarentenárias, ou seja, inexistentes naquele continente. Leia também Especialista explica casca enrugada e polpa com muitas sementes no limão Como escolher frutas? Veja mitos e verdades para não errar nas compras Produção de frutas de SP somou 14,5 milhões de toneladas em 2023 Cerca de 200 amostras de limão tahiti dos estados da Bahia, Sergipe e Minas Gerais já foram analisadas pelo laboratório, que emite laudos em um prazo que varia de um a dez dias, dependendo da demanda e da presença de sintomas. A possibilidade de ter uma opção “mais próxima e barata para analisar os frutos para exportação” pode ajudar especialmente, produtores baianos, mineiros e de outros estados no Nordeste a exportar mais, explica a Embrapa. A Bahia, que não apresenta registros de verrugose, é o quarto maior produtor de limão no Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Pará, e exportou frutos no valor de US$ 34 milhões em 2023, segundo informações da Embrapa. A doença é causada pelo fungo Elsinoë spp, e tem grande impacto econômico porque as lesões nos frutos reduzem sua viabilidade comercial, especialmente para exportação. Francisco Laranjeira, chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, esclarece que, embora os sintomas de verrugose e cancro cítrico possam ser semelhantes visualmente, a verrugose não passa de um fruto para outro. Já o cancro pode se propagar através de bactérias. A detecção e controle da verrugose são, portanto, específicos e exigem monitoramento detalhado. Saiba-mais taboola O Brasil recebeu US$ 139,3 milhões com a venda de limão tahiti em 2023. Entretanto, 60 contêineres foram devolvidos pela UE de janeiro a maio de 2024, devido à presença de verrugose. Caio César Simão, chefe da Divisão de Programas Especiais de Exportação do Ministério da Agricultura, observa que a interceptação de cargas brasileiras com verrugose tem aumentado, resultando em dificuldades para manter o fluxo de exportação para a Europa. “Isso pode não ser tão prejudicial para o produtor individualmente, mas é muito ruim para o Brasil. Em outras oportunidades, os mercados de cítricos da Argentina e da África do Sul já foram fechados. Por um problema parecido, a pinta preta, a nossa exportação de frutos de laranja para a Europa também acabou. Hoje só exportamos suco”, recorda o auditor fiscal agropecuário Caio César Simão, chefe da Divisão de Programas Especiais de Exportação do Mapa. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) mantém a fiscalização para prevenir a introdução de pragas no estado, com destaque para a portaria nº 119, que estabelece normas fitossanitárias para a produção e comércio de citros. A Bahia, livre de cancro cítrico desde 2017, tem implementado medidas para prevenir o surgimento de novas pragas como a verrugose.

Laboratório da Embrapa analisa verrugose dos citros para fomentar exportação
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