Garantindo uma Colheita e Secagem de Café de Qualidade: Passo a Passo
Café Garantindo uma Colheita e Secagem de Café de Qualidade: Passo a Passo Especialistas oferecem orientações para otimizar a qualidade do grão durante a colheita e pós-colheita Publicado em: 01/08/2024 às 15:30hs Foto: Pixabay A colheita de café no Brasil continua avançando a um ritmo acelerado, beneficiada pelo clima seco predominante na maior parte das regiões produtoras. Até o momento, mais de 66% da safra 2024/2025 já foi colhida, conforme o acompanhamento semanal da Safras & Mercado. A produção estimada para este ano é de 58,8 milhões de sacas de 60 kg, representando um aumento de 6,8% em relação a 2023. Para garantir a melhor qualidade do café, a instrutora de cursos de classificação e degustação de cafés do SENAR-Minas Gerais, Paula Tristão Santini, e o engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da empresa Loc Solution, detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos, destacam os cuidados essenciais durante a colheita e a secagem. Cuidados na Colheita A colheita deve ser iniciada quando a maior parte dos grãos estiver no estágio de cereja maduro, mas a disponibilidade de mão de obra e as condições climáticas são fatores críticos. "A maturação dos grãos, a disponibilidade de mão de obra e as condições climáticas determinam o início da colheita," afirma Paula Santini, doutora em Fisiologia Vegetal do Café. Classificação dos Grãos Após a secagem, a classificação física dos grãos é fundamental. Paula explica que são analisadas amostras de 100 gramas para identificar grãos defeituosos, como pretos, verdes e ardidos. "A classificação oficial brasileira atribui um tipo ao café, que pode ser tipo 6, tipo 7, tipo 8, etc.," destaca Paula. Impacto das Condições Climáticas A colheita normalmente ocorre em períodos secos e com temperaturas amenas, favorecendo a secagem. No entanto, chuvas inesperadas, como as recentes no sul de Minas, podem complicar o processo. “A chuva dificulta a secagem, levando a fermentações e emboloramentos indesejados. Portanto, as condições climáticas são essenciais para manter a qualidade do café,” avalia Paula Santini. Teores de Umidade Durante a colheita, a umidade dos grãos varia entre 45% e 55%. Após a colheita, é crucial reduzir essa umidade para níveis seguros de armazenamento, entre 11% e 12%. “Um grão com umidade inadequada pode embolorar e perder qualidade rapidamente,” explica Paula. Problemas com Umidade Inadequada Níveis inadequados de umidade podem impactar negativamente o sabor e a durabilidade do café. "A umidade inadequada pode interferir no processo de torrefação e afetar a qualidade sensorial do café," observa Paula. Métodos de Secagem Diversas técnicas de secagem estão disponíveis, como terreiro de cimento, terreiro suspenso, secador rotativo e secador de caixa. Paula recomenda manter a temperatura em 40 graus, evitar secagem forçada e garantir a limpeza do local para preservar a qualidade do café. Uso de Medidores de Umidade O uso de medidores de umidade, ainda pouco difundido devido ao custo, é crucial para assegurar a precisão. "Muitos produtores utilizam métodos visuais e sensoriais, enquanto os compradores preferem equipamentos para medir a umidade," destaca Paula. Equipamentos Homologados Roney Smolareck, da Loc Solution/Motomco, explica que todas as operações comerciais de compra e venda de café devem incluir a classificação e a medição do teor de umidade com equipamentos homologados pelo Inmetro. "Os modelos CP999, 999 ESI e FBI são utilizados para garantir a precisão," afirma Smolareck. Processo de Medição e Comercialização O medidor CP999, portátil e indicado para o agricultor, permite o monitoramento da umidade dos grãos durante a secagem. Após a colheita e secagem, o café é processado e novamente medido para garantir o nível ideal de umidade antes da comercialização. "Manter a umidade entre 11% e 12% é essencial para preservar a qualidade do café," conclui Roney Smolareck. A Instrução Normativa nº 8/2003 estabelece que, independentemente da classificação, os teores de umidade do café em grãos não devem exceder 12,5%. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias
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