Fabricante de remédios para frangos vai construir laboratório no Paraná

Startup fundada no Chile garante dinheiro de volta a produtores caso o produto não funcione Com mais de 90% do seu mercado no Brasil, a startup chilena Phage Lab quer crescer ainda mais no país. A empresa produz coquetéis para combater a Salmonella e a Escherichia coli, além de ser uma das maiores produtoras de fagos do mundo. Leia mais Fundo de corais vai investir até US$ 50 milhões na Agrion Ordenha robótica e alta eficiência são destaques da Agroleite em Castro (PR) Em 2024, a startup lançou o Fórmida-A, o primeiro produto para combate da E. coli a base de fagos aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que já está em uso por produtores brasileiros de grande porte. Para o segundo semestre de 2024, o próximo passo é a construção de um laboratório de diagnóstico em Toledo, no Paraná, maior Estado produtor de carne de frango do país. E até o fim de 2025, o objetivo é participar de uma nova rodada de investimento para instalar um laboratório de produção e facilitar a distribuição aos clientes brasileiros. A capacidade atual da empresa é de tratar 590 milhões de frangos por ano. Com a chegada da parte produtiva no Brasil, a meta é atingir a capacidade de 1,8 bilhão de frangos até o fim de 2025 e aumentar ainda mais a participação do Brasil nos negócios da biotech. Hans Pieringer, CEO da PhageLab, conta que os negócios ganharam ainda mais força no Brasil depois de uma rodada de investimento de US$11 milhões em janeiro. O aporte possibilitou a empresa a fazer uma “proposta agressiva” ao mercado. Hans-Pieringer-ceo-phagelab Divulgação “Estamos garantindo que os produtos vão funcionar e controlar as bactérias presentes nas granjas mediante a um modelo de performance. Se o produto não funcionar, o produtor não paga”. Segundo Pieringer, nenhuma empresa do mundo já fez isso. A startup aproveita as margens apertadas das indústrias de frango que querem reduzir o uso de antibióticos para a E.Coli. “Nosso produto não tem modificação genética nos fagos, é eliminado totalmente pelo frango e é muito mais seguro que o antibiótico”, explica a brasileira Sabrina Torgan, diretora financeira responsável por encurtar os caminhos da companhia no Brasil. Pieringer destaca a dificuldade que os produtores brasileiros têm para competir com as restrições que existem importantes importadores de proteína animal como os Estados Unidos, por exemplo. “O produtor pode ganhar até seis vezes mais se exporta um produto livre de salmonella”. O coquetel que combate a salmonella - o Inspektor-B - produzido pela startup foi aprovado pelo Ministério da Agricultura em 2023 e já é amplamente adotado no Brasil. A diretora financeira ressalta como a salmonella engargala a exportação de frango no Brasil. “O Mapa é muito rígido porque a salmonella não causa sintomas no frango, mas causa sérios problemas em humanos”. De acordo com o CEO, os tipos de produtos desenvolvidos na Europa e Estados Unidos não têm o mesmo funcionamento na América Latina. Enquanto as moléculas usadas em químicos são estudadas por anos, o desenvolvimento de produtos da PhageLab pode acontecer em 30 dias. “A grande diferença é que nós temos uma coleção de quase 7 mil bactérias provenientes de granjas do Brasil que estão sequenciadas e com essa informação sabemos exatamente o que o produtor precisa”. Fundada em 2010 no Chile, a empresa foi reconhecida como uma das 100 startups pioneiras em tecnologia pelo Fórum Econômico Mundial em 2024, realizado na China. A empresa tem cerca de 100 funcionários no total, sendo 12 brasileiros em um escritório em Curitiba. A projeção é terminar 2024 com 27.

Fabricante de remédios para frangos vai construir laboratório no Paraná
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