5 motivos para apostar no manejo correto de dejetos do gado

Foto: Bela Magrela A produção de gado gera uma quantidade significativa de dejetos orgânicos, como urina, esterco e restos de alimentação. A falta de um manejo adequado desses dejetos pode resultar em impactos ambientais e econômicos. Nos últimos anos, porém, a gestão eficiente de dejetos na pecuária tem se mostrado um fator importante não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para aumentar a rentabilidade dos pecuaristas. Nas visitas da pesquisa-expedicionária Confina Brasil, foi possível perceber que exigências de órgãos governamentais, como as secretarias estaduais do meio ambiente, estão acelerando a necessidade do tratamento desses dejetos.  A seguir, confira 5 motivos que estão levando produtores a fazerem o manejo correto dos dejetos! 5 motivos para fazer manejo correto dos dejetos bovinos 1. Bem-estar e saúde humana: colaboradores das fazendas que estão diariamente na lida precisam de local adequado para o trabalho. Além disso, o mau cheiro deixado pelos dejetos animais pode diminuir a qualidade do trabalho; 2. Bem-estar e saúde dos animais: deixar os resíduos sem tratamento ou sem o destino correto favorece a proliferação de doenças, afetando negativamente a saúde dos bovinos e interferindo, consequentemente, em seu desempenho;  3. Potencial impacto ambiental: dependendo da localização da fazenda, os dejetos não tratados ou mal armazenados podem ser conduzidos para reservatórios de água, contribuindo para a eutrofização e provocando contaminação da água por coliformes, comprometendo sua qualidade nos aspectos químicos, físicos e biológicos; 4. Geração de energia: fazendas que instalaram biodigestores fazem um aproveitamento praticamente total dos dejetos, sendo que o gás metano é transformado em biogás, gerando energia elétrica. Partes líquidas e sólidas passam a ser utilizadas como fertilizantes; 5. Oportunidade de renda extra: dejetos tratados podem ser convertidos em fertilizantes orgânicos, retornando à lavoura e pasto, enriquecendo o solo e diminuindo a dependência de fertilizantes químicos. Dependendo do tamanho do confinamento e do aproveitamento de esterco, o excedente ainda pode ser vendido, se tornando uma nova fonte de renda para o pecuarista. Independentemente do motivo, muitos confinamentos de gado de corte no país estão realizando o manejo dos dejetos dos bovinos. É o que tem sido visto pela equipe de técnicos da pesquisa-expedicionária Confina Brasil, organizada pela Scot Consultoria. “Estamos vendo muitas fazendas realizando reformas estruturais nos currais, como a construção de canaletas mais adequadas e, em alguns locais, baias concretadas para facilitar a limpeza do espaço. Vimos também construção e reformas de lagoas de estabilização e decantação, além da instalação de biodigestores em algumas propriedades”, comenta a equipe de especialistas da Scot. De acordo com o benchmarking Confina Brasil 2023, o maior número de propriedades que participaram da pesquisa e que realizam coleta de dejetos foi identificado nos estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso. E a finalidade dessa coleta varia. Dentre os confinamentos pesquisados, 45% utilizam para a distribuição nas lavouras e 47% na distribuição das pastagens. Outros 8% vendem para acrescentar uma fonte de renda à atividade.  Aproveitamento de dejetos como uma solução rentável Muitas fazendas estão realizando reformas estruturais para se adequarem às normas e encontrando soluções interessantes para converterem descarte em uma nova fonte de recursos. É o caso, por exemplo, da Fazenda Lapa do Lobo, do grupo Algar Farming. Localizada em Paranaíba – MS, a propriedade está em processo de reforma de lagoas de estabilização e decantação para continuar com o uso dos biofertilizantes. A fazenda conta com mais de mil hectares de pivô onde utilizam os dejetos líquidos na fertirrigação, reduzindo a dependência de adubos químicos e, ao mesmo tempo, reduzindo os custos de produção na agricultura. A gestão de dejetos na Lapa do Lobo é tão eficiente que a parte sólida é reaproveitada na lavoura e o excedente é comercializado gerando renda extra para a fazenda. Por ano, a Lapa do Lobo vende, em média, 20 mil toneladas de esterco in natura para outras fazendas. Apostando na gestão de dejetos como forma rentável e também na utilização do biogás como fonte de energia elétrica, temos a Fazenda Onça Parda, localizada em Campo Mourão-PR, que concluiu a instalação de um biodigestor em 2024. Além disso, todas as baias do confinamento são concretadas, facilitando a limpeza dos currais e gerando um produto de melhor qualidade para ser utilizado pelo biodigestor. Todo dejeto produzido na fazenda é utilizado nas lavouras da propriedade e, a partir da implementação do biodigestor, também haverá utilidade para a parte líquida através da fertilização das áreas agricultáveis. Foto por: Bela Magrela Compromisso com o meio ambiente e lucro andando juntos Em Sapezal-MT, a Fazenda Globo, do Grupo Locks, se destaca pela produtividade e inovação na agrop

5 motivos para apostar no manejo correto de dejetos do gado
Foto: Bela Magrela A produção de gado gera uma quantidade significativa de dejetos orgânicos, como urina, esterco e restos de alimentação. A falta de um manejo adequado desses dejetos pode resultar em impactos ambientais e econômicos. Nos últimos anos, >>>

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