Raízes de afeto: O amor pela terra une gerações neste Dia dos Pais
A data homenageia a paternidade, que na agricultura, semeia o amor pela terra e enraíza as tradições da agricultura familiar Os pais desempenham um papel fundamental na transmissão de conhecimentos e habilidades aos filhos, neste sentido, celebrar o Dia dos Pais dentro da agricultura familiar, é reforçar a importância do papel da figura paterna para a preservação da tradição dentro das famílias. Eles ajudam a promover um sentido de identidade e pertencimento nas comunidades rurais, incluindo técnicas de cultivo, manejo de recursos naturais e saberes culturais associados às práticas agrícolas tradicionais. Como é o caso de Ederson Pinaffi, 37, engenheiro agrônomo no município de Tarabaí. “Quando eu era pequeno, lembro de sempre acompanhar meu pai na roça. Lá aprendi sobre diversas culturas, inclusive as que eu planto hoje, que é o milho e a batata doce”, relembra Pinaffi. Ederson é filho de Adelino Pinaffi Neto, 68, produtor rural também na região oeste paulista. Adelino, por sua vez, ressalta a influência de seu pai e avô em sua jornada na agricultura. “Na época dos anos 80 e 90, meu pai mexia com agricultura e pecuária, porém eu optei sempre pela agricultura.” Adelino também se emociona ao falar dos dias em que ele levava o filho, Ederson, ao sítio para acompanhar o trabalho roçando a terra. “Tenho lembranças muito felizes com meu filho. Uma vez, ele me acompanhou na roça, devia ter 5 anos de idade, ele estava tão cansado que acabou dormindo no meu colo em cima do trator. Eu trouxe ele para debaixo de uma árvore para dormir mais confortável e ficava olhando de vez em quando, enquanto continuava meu trabalho. Aquele momento me marcou até hoje”, se emociona Adelino. Ederson e Adelino A participação conjunta em atividades agrícolas fortalece os laços familiares e promove a colaboração entre gerações. Isso cria um ambiente de apoio mútuo e compromisso com o futuro da propriedade familiar, pensando nisso, Ederson também espera que os ensinamentos passados ao seu filho o influencie a fazer escolhas corretas, mas que ele seja livre para escolher qual caminho seguir. “Meu pai sempre me ensinou a ser organizado e me dedicar às coisas que eu quero. Eu levo isso pra minha vida. Lembro muito de ir ao sítio e conversar horas e horas com meu pai sobre agricultura. Desde pequeno já conversávamos sobre isso”, relembra. Ao ensinar e envolver a próxima geração, os pais asseguram que a agricultura familiar continue a ser uma força vital para a economia local e para o meio ambiente. Em Ibiúna, a família Camargo trabalha com produção de hortaliças, e a propriedade rural se engatou em 1960 com o pai de Benedito Camargo, 63, agricultor que cresceu ajudando na produção de batata. Desde pequeno seu pai o incentivou, assim, Benedito seguiu os passos do pai e manteve a propriedade de pé, trazendo seu filho Charles para seguir o mesmo caminho desde pequeno. “Meu filho passava o dia todo comigo. Ele queria andar de trator, se divertia na lavoura porque acima de tudo ele era uma criança. Ele era muito peralta.” Charles e Benedito Charles, 32, cresceu como seu pai e segue seus passos até hoje, trabalhando juntos na produção de hortaliças, e relembra momentos felizes de sua infância no campo ao lado de seu pai e avô. “ Minha infância foi em cima de um trator na roça. Na época plantávamos batata e ficávamos brincando de “guerra”, jogando batata uns nos outros, rasgando os sacos e fazendo a maior bagunça”, relembra Charles. Benedito espera que a tradição familiar se mantenha com seus netos, e esperançoso já trilha os caminhos das próximas gerações. “Gostaria muito que meus netos trabalhassem com agricultura, eles já conhecem, já falam até o nome das culturas que temos aqui, isso porque eles tem apenas 2 anos de idade. Me sinto orgulhoso em ver minhas gerações vendo a terra, brincando com as galinhas, e até mesmo passeando comigo de trator, como fazia meu filho”, se emociona. A filha de Benedito, Daiane, se formou em farmacêutica mas, há pouco tempo, começou a comercializar brócolis ninja e couve flor, provenientes da propriedade da família. Hoje, muitos jovens acabam optando pela vida nas grandes cidades em busca de melhores oportunidades de emprego, mas ainda sim, uma grande maioria, busca se profissionalizar para gerenciar melhor as propriedades rurais familiares e modernizar o sistema dentro de suas produções. Uma pesquisa da 7ª Edição da Pesquisa Hábitos do Produtor Rural, divulgada pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), revelou que a idade média dos produtores rurais no Brasil é de 46,5 anos e 21% desses profissionais são formados em cursos de educação superior, a maioria em agronomia, veterinária e administração de empresas. Nesse cenário, observa-se cada vez mais a presença dos filhos, que trabalham junto com os pais na tomada de decisões da produção rural e se profissionalizam para aperfeiçoar a gestão da agricultura familiar e garantir futuro às próximas gerações. Neste Dia dos Pais, a família Pin
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