Após prejuízo milionário em 2023, JBS lucrou R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre
Conjuntura de 2024 é formada por fundamentos bem mais positivos que os do ano passado, como a queda nos preços dos insumos usados na ração animal A JBS, uma das maiores empresas de proteína animal do mundo, lucrou R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre. No mesmo período de 2023, a companhia obteve prejuízo de R$ 263,6 milhões. Leia mais JBS deve inaugurar nova fábrica na Arábia Saudita em novembro JBS lança plataforma para monitoramento socioambiental; uso por pecuaristas será gratuito A conjuntura de 2024 é formada por dois fundamentos bem mais positivos que os do ano passado. O primeiro é a queda nos preços dos insumos usados na ração animal (milho e farelo de soja) que abrem caminho para menores custos e melhores margens na indústria, principalmente de aves e suínos. O segundo é o maior equilíbrio entre oferta e demanda nas principais proteínas em que a gigante frigorífica atua, a bovina, suína e de frango. Há exceção apenas na unidade de bovinos na América do Norte, onde as margens seguem apertadas pelo ciclo do gado, mas que teve os resultados negativos compensados pelo bom desempenho em todos os demais negócios do grupo. “O resultado [lucro] veio também das melhorias operacionais que fizemos”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, destacando os ganhos obtidos na operação da Seara, por exemplo. A unidade de aves e suínos no Brasil elevou em 13,3 pontos percentuais a margem no comparativo anual, para 17,4%. Neste cenário, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado mais que dobrou, ao passar de R$ 4,47 bilhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 9,88 bilhões no mesmo intervalo deste ano. Saiba-mais taboola A receita líquida consolidada cresceu 12,6% no período, para R$ 100,6 bilhões. Cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 25% por meio de exportações. A geração de caixa livre saltou de R$ 1,26 bilhão no segundo trimestre do ano passado, para R$ 5,5 bilhões entre abril e junho deste ano, o que permitiu baixar a alavancagem — relação entre dívida líquida e Ebitda — para 2,77 vezes em dólares no segundo trimestre de 2024, versus 4,15 vezes um ano antes. “A gente chegou a esse patamar de alavancagem seis meses antes do previsto”, afirmou Guilherme Cavalcanti, CFO e diretor de Relações com Investidores da JBS. O executivo ressaltou que o terceiro e quarto trimestres, sazonalmente, também geram fluxo de caixa livre positivo, então “vamos apresentar Ebitdas no terceiro trimestre e no quarto trimestre acima do ano passado, porque essa alavancagem vai continuar caindo e vai se aproximar de duas vezes no final do ano”. Câmbio A alta do dólar, que tem sido um ofensor para os balanços de diversas empresas por elevar as dívidas, é vista pelo CFO como outro fator positivo. “O câmbio maior é mais favorável para a JBS, pela natureza exportadora e pelos negócios que temos em dólares”, disse Cavalcanti. Segundo ele, 70% do faturamento do grupo é gerado nas unidades que ficam fora do Brasil. Dos 30% de receita proveniente das operações brasileiras, metade vem de exportação, que se torna mais competitiva com o dólar alto.
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