Pomares congelados: entenda técnica para proteger plantas da geada
Método utiliza aspersão durante madrugada para evitar perdas de produção em plantações À primeira vista, os pomares de pêssego da propriedade da família de Carli, no município de Casca, no Rio Grande do Sul, parecem estar congelados e danificados. Mas na verdade, essa é uma técnica aplicada pela Emater do Rio Grande do Sul para justamente proteger as flores durante o forte frio. Leia mais O que é geada? Saiba como o fenômeno é formado Geada em áreas de café traz prejuízo a produtores e afeta mercado A técnica de congelamento consiste na aplicação constante durante a noite de uma lâmina de água, em torno de cinco milímetros por hectare, onde se espera que vá gear. Ao invés de formar geada nas plantas, ela congela a água que sai dos aspersores e o congelamento da água libera calor para a planta. Segundo o extensionista da Emater Maurício Dall'Acqua, responsável pela aplicação, isso faz com que as estruturas produtivas da planta se mantenham na casa de 0ºC. Essa temperatura é tolerável para a espécie. "Quando há o congelamento da água, ela perde calor. Esse calor é transferido para a planta. Essa temperatura próxima a 0ºC não estraga a flor e mantém a produção das plantas", explica Dall'Acqua. O método consegue proteger até temperaturas mínimas de 5,5ºC negativos Anderson de Carli / Arquivo pessoal As imagens são da manhã de terça-feira (14/8), quando os termômetros atingiram -4ºC ao longo da madrugada. Na propriedade de Anderson de Carli, são cultivados seis hectares com pêssego e dois hectares com uva. O extensionista da Emater relata que o sistema de controle de geada é um dos mais eficientes e seguros, segundo estudos da Embrapa. O método consegue proteger as plantas até temperaturas mínimas de 5,5ºC negativos. "É uma metodologia bastante utilizada há anos nos pomares, não só de pêssego, mas em várias culturas sensíveis à geada".
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