'Para inglês ver': Mapa desagrada ao atrasar plataforma Agro+ Sustentável
Se a União Europeia não é um destino tão relevante para a soja, a realidade é diferente para o café. O bloco europeu é responsável por comprar quase 50% de toda a produção brasileira que é exportada. Uma fonte ligada ao Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirma que o segmento está pronto para atender às regras de transparência, mas falta diretriz em relação à parte prática de cadastros e acessos à Plataforma Agro+ Sustentável.A situação ficou ainda mais confusa com a saída de Renata Miranda, até então chefia da secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, e responsável pela plataforma dentro do Mapa. Diante de sua saída no mês de julho — exatamente quando estava previsto o lançamento —, o receio é de que a plataforma não tenha avançado nos bastidores como deveria.Pedro Alves Corrêa Neto assumiu o cargo de secretário. Ele é ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro, do período de Jair Bolsonaro na presidência, e ex-diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável, na gestão do ministro Blairo Maggi.Os trâmites da plataforma também são tratados por Clecivaldo de Sousa Ribeiro, diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas. No entanto, não há esclarecimentos no site do Ministério da Agricultura quanto à atuação deles e quais tarefas competem a cada um.Procurado para saber os próximos passos da iniciativa, qual a nova data para o lançamento da Agro+ Sustentável e as funções incumbidas para secretário e diretor, o Mapa não respondeu aos questionamentos. Enquanto isso, produtores e indústrias ficam sem saber como deverão exportar os sete produtos listados para a União Europeia a partir de 2025.Transparência voluntáriaO Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) está elaborando a plataforma em conjunto com o Mapa. Em resposta à coluna, a entidade esclarece que a adesão à plataforma é voluntária aos produtores interessados em exportar. Após login e preenchimento de dados básicos no site gov.br, a plataforma cruza informações autodeclaradas pelos produtores com as bases oficiais do governo.
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