'Vassoura de bruxa' da mandioca é encontrada pela primeira vez no Brasil

Praga foi detectada no Amapá e tem potencial de provocar prejuízos econômicos O Ministério da Agricultura confirmou na noite desta quarta-feira (15/8) a detecção do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae) em lavouras de mandioca na região norte do Estado do Amapá. Essa é a primeira vez que a praga é detectada no Brasil. “A doença, que é conhecida na literatura como “vassoura de bruxa” da mandioca, é uma praga quarentenária ausente, ou seja, que têm potencial de provocar prejuízos econômicos por não estarem presentes no território nacional”, disse o ministério, em comunicado. Initial plugin text Inicialmente, a praga foi constatada pelos técnicos da Embrapa Amapá nos plantios de mandioca das terras indígenas de Oiapoque, município do Amapá, localizado na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. Atualmente, já se encontra presente também nos municípios de Calçoene e Amapá, localizados imediatamente ao sul do município de Oiapoque. “A presença deste patógeno representa risco de redução significativa na produtividade das plantas de mandioca”, explicou a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Pasta, Edilene Cambraia. Sintomas Os sintomas da vassoura de bruxa da mandioca caracterizam-se por ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. Com a evolução da doença, é comum a ocorrência de clorose, murcha e seca das folhas, morte apical e morte descendente das plantas. Já a dispersão pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água. Segundo Nota Técnica da Embrapa, a movimentação de plantas e produtos agrícolas entre regiões pode facilitar a dispersão do patógeno, aumentando o risco de infecção em novas áreas. Ações fitossanitárias Para diminuir os impactos da nova doença, o ministério informou que estão sendo adotadas algumas medidas, como a intensificação do monitoramento das áreas de cultivo; ações de quarentena; uso de manivas com comprovada sanidade; uso de fungicidas; remoção e eliminação por queima de plantas doentes; sanitização de ferramentas utilizadas para a destruição das plantas com sinais da doença; e ações de comunicação local. Pragas quarentenárias As pragas quarentenárias ausentes (PQA) são aquelas “de importância econômica potencial para determinada área em perigo e ainda não presentes”, conforme estabelecido pela NIMF (Normas Internacionais para Medidas Fitossanitárias) nº 5, da Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais – CIPV. Atualmente, encontram-se oficialmente regulamentadas como pragas quarentenárias ausentes no Brasil, cerca de 700 espécies ou gêneros. De acordo com o Ministério da Agricultura, cada praga apresenta riscos diferenciados em razão de suas características (reprodução, sobrevivência, capacidade de dispersão etc.) e, por isso, são necessárias ações específicas de controle.

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