Manutenção de oferta restrita faz preço do cacau subir 3% em Nova York
Representante do setor não vê recuperação na safra de cacau para a temporada 2024/25 A sessão na bolsa de Nova York foi marcada por preços mais altos para o cacau. Os lotes para dezembro subiram 3,54% na sessão desta segunda-feira (19/8), para US$ 7.338 a tonelada. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Enquanto investidores aguardam o início da colheita no maior produtor de cacau do mundo, a Costa do Marfim, a partir de outubro, o mercado ainda se depara com um déficit mundial na produção, que neste momento está previsto em 439 mil toneladas na safra 2023/24. Na visão de Anna Paula Losi, presidente-executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), o problema de redução na oferta da commodity não deve ser resolvido no curto prazo. Ela acredita que a temporada 2024/25, que se inicia em outubro, será marcada por mais um saldo negativo na produção, a quarta temporada consecutiva sob esse cenário. "Talvez vá reduzir um pouco [o déficit], a depender da demanda em países da Europa e nos EUA. Pode ser que a relação entre oferta e demanda fique menos crítica, mas não será de uma safra para a outra que vai se resolver o déficit", afirma. Algodão O algodão também subiu de forma expressiva em Nova York. Os contratos com entrega para dezembro fecharam em alta de 2,14%, com o preço de 68,68 centavos de dólar por libra-peso. O preço avançou em meio à aspectos técnicos, já que vem acumulando baixas sucessivas na bolsa. Além disso, o apetite por risco dos investidores, alimentado pela expectativa de redução na taxa de juros dos EUA é outro componente de alta para as cotações. Café O café avançou pela quarta sessão consecutiva. Os contratos do arábica para dezembro subiram 0,10%, a US$ 2,4435 a libra-peso. O mercado segue pautado por uma expectativa de problemas para a safra brasileira em 2025/26. A alta nos preços do café robusta, negociado na bolsa de Londres, também beneficia a valorização do arábica. Suco de laranja e açúcar Os contratos do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para setembro fecharam em queda de 1,45%, a US$ 4,5060 por libra-peso. Em relação ao açúcar, os lotes para outubro, caíram 0,06%, cotados a 18,02 centavos de dólar por libra-peso.
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