Estudo identifica proteínas-chave na resistência de ovinos a parasitose
Estudo identifica proteínas-chave na resistência de ovinos a parasitose Pesquisa da Embrapa revela proteínas que ajudam a combater vermes em ovinos Agrolink - Seane Lennon Publicado em 20/08/2024 às 20:49h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Foto: Pixabay Uma pesquisa realizada pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) revelou proteínas associadas à infecção por vermes em ovinos, com foco nas raças suscetíveis, como a Dorper, e nas resistentes, como a Santa Inês. Publicado na revista Veterinary Parasitology, o estudo oferece informac¸o~es sobre os mecanismos de defesa desses animais, auxiliando na redução do uso de anti-helmínticos, medicamentos utilizados para controlar vermes, conforme informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com as informações, os resultados da pesquisa são fundamentais para a seleção de raças ovinas mais resistentes, uma estratégia para o controle de parasitas que afetam a produção de pequenos ruminantes em regiões tropicais. A caracterizac¸a~o das proteínas sanguíneas revelou biomarcadores dos animais que podem indicar os níveis de infecção e monitorar as condições fisiológicas e metabólicas dos ovinos, essenciais para o seu bem-estar e saúde. Segundo a Embrapa, para identificar e quantificar as proteínas relacionadas à infecção por vermes em ovinos, a pesquisadora Ana Carolina Chagas, que liderou o estudo, aplicou a técnica proteômica à produção animal em áreas tropicais. Esse trabalho contou com a colaboração de especialistas do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e da Universidade do Porto. A técnica proteômica permite estudar a distribuição, modificações, interações e funções das proteínas em um organismo, e foi essencial para determinar as raças e indivíduos ovinos mais resistentes à verminose, com o objetivo de mitigar os impactos negativos causados por parasitas como o Haemonchus contortus. Esse parasita, prevalente em regiões tropicais e subtropicais, é responsável por causar graves problemas de saúde nos ovinos, como anemia grave, edema submandibular e morte, afetando diretamente o desempenho e a produtividade dos animais. Durante o estudo, os cordeiros infectados foram acompanhados semanalmente na Embrapa por 28 dias. Ao final desse período, observou-se uma diferença significativa entre as raças Dorper e Santa Inês em relação ao nível de infecção. As análises foram realizadas por meio da contagem de ovos por grama de fezes (OPG), que avalia o grau de infecção, e do volume globular (VG), que mede a anemia causada pelos parasitas, conforme informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com as informações da Embrapa, pesquisa revelou que a quantidade de determinadas proteínas pode ter um impacto na proteção dos animais contra a infecção e nos danos causados pelas inflamações. Algumas dessas proteínas foram encontradas em ambas as raças, mas com variações quantitativas importantes, demonstrando como a infecção pode influenciar o desenvolvimento e o ganho de peso dos cordeiros. Animais resistentes a parasitas gastrintestinais demonstram uma resposta imunológica mais rápida e eficaz, limitando o estabelecimento das larvas, suprimindo o crescimento dos parasitas adultos, diminuindo a fecundidade das fêmeas e promovendo a expulsão dos Haemonchus contortus adultos. A pesquisa utilizando a proteômica proporcionou uma nova compreensão sobre a infecção por esse parasita, permitindo diferenciar as raças estudadas, bem como animais infectados e não infectados da mesma raça. O estudo também identificou proteínas usuais, como alfa-1-glicoproteína ácida, haptoglobina, proteína amiloide A sérica e ceruloplasmina, que estão associadas à infecção, inflamação e estresse. Além disso, foi descoberta uma rota imunológica diferente na raça Santa Inês. Proteínas relacionadas ao desenvolvimento, crescimento e acúmulo de gordura, como a Aggrecan Core Protein (ACAN), apresentaram-se reduzidas em cordeiros infectados de ambas as raças, sugerindo que essas atividades são prejudicadas pela presença do H. contortus, o que impacta negativamente a produção. No caso dos cordeiros Dorper infectados, houve um aumento na presença da gasdermina-D (GSDMD), associada à inflamação do trato gastrointestinal humano, e da proteína ligadora de guanilato (GBP). Essas proteínas, combinadas com a redução da ACAN, podem servir como biomarcadores para identificar animais infectados. Os resultados do estudo indicam que as duas raças estudadas têm respostas metabólicas e imunológicas distintas frente à infecção. As variações quantitativas nas proteínas compartilhadas entre as raças podem contribuir para o desenvolvimento de biomarcadores, auxiliando na determinação do status de infecção dos ovinos, que poderão ser tratados de forma seletiva no rebanho. No Brasil, as doenças gastrintestinais causadas por pa
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