Clima favorece produtividade do algodão em Goiás

Colheita dos mais de 8 mil hectares cultivados na Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, começou em 1° de junho e será encerrada na próxima semana Em Cristalina (GO), os 980 milímetros de precipitação foram suficientes nesta safra na Fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola. A interrupção das chuvas em abril favoreceu a qualidade da pluma, já que o capulho - fase final da flor que dá origem ao algodão em si - ainda não estava aberto quando o tempo seco chegou. Initial plugin text A colheita dos mais de 8 mil hectares cultivados na propriedade começou em 1° de junho e será encerrada na próxima semana. A expectativa é de recorde na propriedade, com produção estimada de 170 arrobas de pluma por hectare, disse o gerente Marcelo Peglow. O beneficiamento deve chegar a 80 mil fardos neste ano, ante uma média de 65 mil a 70 mil fardos anuais anteriormente. A empresa prevê um salto de produtividade, passando de 1,4 tonelada por hectare na safra 2021/2022 para 1,9 tonelada por hectare agora, incremento de 32,7%. As sete colheitadeiras da propriedade colhem a 6,8 quilômetros por hora e formam nove fardos de algodão a cada 60 minutos. Eles têm 2,3 metros e pesam mais de duas toneladas, em média. “Já colhemos até 80 fardos em um dia”, disse Fernando Ottobeli, que coordena a operação das máquinas. Leia mais Colheita de algodão chega a 62% da área plantada na Bahia "Brilho" do tomate ofusca os grãos em Goiás Os fardos deixados no campo são enrolados automaticamente com uma lona e levam uma etiqueta com código de barras que concentra todas as informações do produto. Desde a cultivar semeada, os insumos aplicados no manejo até as coordenadas do talhão colhido. “É o CPF do algodão brasileiro, que depois ainda recebe as características intrínsecas analisadas do laboratório e vão para as indústrias têxteis”, disse Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa. Beneficiamento deve chegar a 80 mil fardos neste ano, ante uma média de 65 mil a 70 mil fardos anuais anteriormente Rafael Walendorff Certificação No âmbito internacional, a associação desenvolve missões de produtores ao exterior e de importadores estrangeiros aos rincões do interior do Brasil para conhecer a sustentabilidade e a responsabilidade com que o algodão é produzido no país. Nas visitas, os produtores mostram que as boas práticas não param nas fazendas. Já existe certificação para as unidades de beneficiamento e até para os modais logísticos e portuários que exportam o algodão. Um laboratório na sede da Abrapa, em Brasília, faz a testagem de amostras da produção, vendida nas indústrias têxteis nacionais e de vários países. A previsão para 2023/24 é analisar amostras de 17,8 milhões de fardos. Cerca de 97% do algodão é analisado como premium em termos de finura da fibra. “São seis características rastreáveis: finura, resistência, comprimento, uniformidade, brilho e amarelamento”, disse Edson Mizoguchi, gestor do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). Biológicos Nesta safra, a Pamplona semeou quatro cultivares diferentes. A cada ano, aumenta o tratamento da área com insumos biológicos, boa parte produzida na biofábrica da fazenda. “Cerca de 20% do manejo já é feito com bioinsumos”, disse Beatriz Campos, coordenadora de produção. O uso dos bioinsumos tem crescido nas 22 fazendas da SLC em sete Estados brasileiros, passando de 11,4% da área tratada na safra 2020/21 para 15,5% no ciclo encerrado em julho. Antes de ir a campo, os materiais são testados e avalizados em 179 hectares dedicados à pesquisa na fazenda por, pelo menos, um ou dois anos. Atualmente, são 38 ensaios conduzidos pelo engenheiro agrônomo Carlos Deves. Beatriz Campos é coordenadora de produção na Pamplona Divulgação/Abrapa Tecnologia O gerente Marcelo Peglow disse que a empresa tem um projeto com uma startup para uso de inteligência artificial no processo produtivo. Uma das ideias é aplicar o recurso para acesso de dados históricos das pesquisas e safras da fazenda para a tomada de decisão sobre os próximos plantios considerando variáveis como clima e técnicas de manejo. “Hoje esse é um trabalho manual de pesquisa desses dados e tomada de decisão, temos que olhar várias plataformas e dados. A ideia é passar isso para inteligência artificial, mas ainda com um filtro humano ao final”, explicou Peglow. As máquinas que operam na fazenda já são conectadas à internet, o que permite mais assertividade e eficiência, menos tempo de parada e maior automação nos trabalhos de campo. Tudo isso tem melhorado a performance operacional e gerado melhores resultados nas safras de algodão, soja, milho e trigo na propriedade.

Clima favorece produtividade do algodão em Goiás
Colheita dos mais de 8 mil hectares cultivados na Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, começou em 1° de junho e será encerrada na próxima semana Em Cristalina (GO), os 980 milímetros de precipitação foram suficientes nesta safra na Fazenda Pamplona, do >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET