Ministério e Conab querem aumentar orçamento do Programa de Aquisição de Alimentos
Há uma sinalização do Palácio do Planalto de que haverá prioridade para a iniciativa em meio ao aperto orçamentário da União O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, querem aumentar o orçamento destinado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em 2025. Ainda não há cifras fechadas, mas uma sinalização do Palácio do Planalto de que haverá prioridade para a iniciativa em meio ao aperto orçamentário da União. O tema foi tratado nesta terça-feira (20/8) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente nos disse que tem reunião com equipe orçamentária e que dentro do aperto orçamentário vai estabelecer prioridades, e que o PAA é uma das prioridades, uma ferramenta importante de combate à fome", disse Pretto, em entrevista nesta quarta-feira. Saiba-mais taboola Segundo ele, já foram aplicados R$ 400 milhões no PAA neste ano e ainda há projetos que ficaram de fora. "Queremos pagar o restante dessa carteira e anunciar novo recurso para nova chamada pública, aperfeiçoada, para potencializar ainda mais o programa", disse. Em 2023, o orçamento inicial previsto era de R$ 2,3 milhões. O governo aportou R$ 500 milhões, divididos entre Conab e Estados e municípios. Depois, houve suplementação de R$ 250 milhões e a destinação de outros R$ 100 milhões para compra específica de leite em pó. "Já passamos de R$ 1 bilhão, entre Conab, Estados e municípios. Só pela Conab são 94 mil toneladas de alimentos comprados. Estamos recuperando e reconstruindo uma política que foi fundamental lá atrás e estava terminada (...) É difícil ir batendo esses recordes de investimentos", completou. O ministro Paulo Teixeira disse que não há números fechados, mas que o PAA será destaque de um novo Plano Nacional de Abastecimento, que deverá ser lançado em setembro. "Os valores não posso anunciá-los, meu desejo vai numa direção e a realidade orçamentária pode não ir. Espero que ambos confluam. Colocamos a necessidade de um bom orçamento para PAA. É um programa que chega nos rincões do país. Só para quilombolas compramos R$ 32 milhões no ano passado", disse nesta quarta-feira. "Vamos fazer nosso grande pleito dentro do governo, mas também ao Congresso Nacional, pedindo que aumentem o orçamento do PAA", completou. Já o Plano Nacional de Abastecimento deverá apresentar diretrizes para estimular a produção de alimentos não processados próximos aos centros de consumo. "O plano pensa em como fazer produção e consumo de ciclo curto, como se produz perto de onde se consuma, assim diminuirá os custos de logística e também os efeitos para aquecimento global de logística que leva óleo diesel. E, ao mesmo tempo, aumentar a capacidade de levar alimento aos chamados desertos alimentares, as regiões periféricas das cidades que nem sempre têm fruta fresca, legume e verdura", finalizou.
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