Commodities Lácteas Mantêm Estabilidade no Mercado Internacional, aponta Embrapa

Laticínios Commodities Lácteas Mantêm Estabilidade no Mercado Internacional, aponta Embrapa Estabilidade nos preços de lácteos reflete equilíbrio entre oferta e demanda global, com boas perspectivas para a economia brasileira Publicado em: 21/08/2024 às 15:10hs Os preços das commodities lácteas têm demonstrado estabilidade no mercado internacional, apesar de pequenas oscilações mensais. Essa tendência, consolidada desde fevereiro deste ano, segue uma recuperação iniciada no segundo semestre de 2023. No mais recente leilão da GDT, o leite em pó integral teve uma leve alta, alcançando US$ 3.259 por tonelada. A manteiga, por sua vez, atingiu US$ 6.489 por tonelada, estabelecendo um novo patamar de preços que se mantém desde o início do ano. A demanda da China, que tradicionalmente impulsiona o mercado, tem diminuído devido à deflação interna generalizada e ao desaquecimento econômico, fatores que afetam negativamente salários e níveis de emprego, impactando a demanda por lácteos. No entanto, não houve mudanças significativas na oferta global que pudessem alterar esse cenário. A estabilidade na demanda e na oferta tem contribuído para a manutenção dos preços. No cenário interno, o Brasil apresenta sinais positivos para sua economia. Para 2024, a previsão de crescimento do PIB é de 2,2%, após um aumento de 2,9% em 2023, quando a renda per capita atingiu R$ 50 mil. O nível de desemprego continua baixo, em 6,9%, o que melhora a massa salarial e impacta positivamente a demanda geral. As vendas em supermercados e no varejo cresceram, respectivamente, 4,9% e 2,6% nos últimos doze meses. Apesar das preocupações, a inflação anual medida pelo IPCA está em 4,5%, ligeiramente abaixo dos 4,6% registrados em 2023. O segmento de leite e derivados viu um aumento de preços de 1,3% no mesmo período, representando apenas 29% da inflação oficial. Essa leve elevação contribui para a redução do custo de vida das famílias e incentiva a demanda por produtos lácteos, o que pode resultar em um aumento na captação de leite pelos laticínios em 2024. O mês de julho registrou um aumento de 0,9% nos custos de produção de leite, conforme o ICPLeite/Embrapa. Nos últimos três meses (maio a julho), houve um aumento contínuo de 3,4% nos custos, refletindo uma tendência de alta nos preços dos insumos. Os preços dos insumos, em geral, aumentaram, com destaque para o grupo de Energia e Combustível, impulsionado pela alta da gasolina e pela mudança para a bandeira amarela na energia elétrica. Fertilizantes também apresentaram aumento, refletindo a valorização do dólar frente ao real, visto que são majoritariamente importados. Outros grupos, como Concentrado, Minerais e Sanidade e Reprodução, também tiveram elevações, embora em menor escala. O custo da mão de obra permaneceu estável, e o custo da qualidade do leite teve uma leve redução de 0,3%. O preço médio pago ao produtor, que subiu de outubro de 2023 a junho deste ano, atingiu R$ 2,75, de acordo com o Cepea/USP. Essa elevação melhorou a relação de troca do leite com os insumos, reduzindo a pressão sobre os produtores. O preço do leite UHT e do queijo muçarela manteve-se estável no atacado, com pequenas variações positivas devido ao aumento da demanda no período de volta às aulas. No entanto, a combinação de preços ao produtor em alta e preços de produtos processados estáveis no atacado e em declínio no varejo tem levado a uma redução nas margens dos laticínios e do varejo. Em 2023, o volume importado de leite foi elevado, pressionando os preços internos. Esse fenômeno persistiu em 2024, com importações superando os volumes do ano anterior em quatro dos sete primeiros meses. No entanto, a demanda interna aquecida evitou um cenário caótico semelhante ao de 2023. Olhando para o futuro próximo, espera-se uma queda natural nos preços ao produtor no segundo semestre, devido ao aumento da oferta interna e das importações, mesmo com a demanda elevada. Entretanto, a produção de leite na Argentina e no Uruguai está em declínio devido ao desânimo dos produtores e problemas climáticos, o que pode afetar o volume exportado e o excedente interno. Além disso, a CNA entrou com um pedido ao governo brasileiro para a adoção de medidas anti-dumping contra a Argentina. Embora o processo seja lento, a aprovação do pedido pode levar a uma redução imediata no volume importado pelo Brasil. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias

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