Preços de soja, milho e trigo recuam em Chicago

Boas perspectivas de safra nos Estados Unidos pressionam as cotações Após uma ligeira recuperação ontem (21/8), a soja cai 1,04% em seus contratos para novembro, a US$ 9,7125 por bushel na abertura do mercado de Chicago desta quinta-feira (22/8). +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Segundo a consultoria Granar, as boas perspectivas para as safras de Illinois, o principal Estado produtor de oleaginosas nos Estados Unidos, e a realização de lucros pelos especuladores após o aumento nos últimos três dias estão influenciando o mercado do grão. Saiba-mais taboola Esta semana deverá ser seca nos EUA e as temperaturas devem subir no final da semana, com o clima seco e áreas ocidentais permanecendo quentes e secas. Relatórios indicam que a China continua sendo uma compradora ativa de soja no Brasil, mas também está comprando bastante nos EUA. Além disso, a demanda interna tem sido forte nos EUA. O milho está sendo negociado com leves quedas em Chicago, de 0,63% para os contratos, a US$ 3,9575 por bushel em um dia que continua indicando tempo seco em grande parte da região produtora de soja e milho e que mantém as previsões de altas produtividades para uma colheita cada vez mais próxima, o que limita as chances de aumentos nos preços, aponta a Granar. O tour de colheita Pro Farmer começou e encontrou boas safras de milho e soja em Indiana, mas com um potencial de rendimento ligeiramente inferior ao estimado pelo Departamento de Agricultura americano (USDA) para o ano atual. As safras em Nebraska mostraram sinais de estresse térmico e falta de chuva, além de estresse causado por insetos. O aumento da demanda nos EUA vem do fato de que os preços do milho já são os mais baixos. Os contratos de trigo para setembro, os mais negociados da bolsa no momento, recuam 0,82%, a US$ 5,1550 por bushel, apesar de preços estáveis relatados na Rússia e na Europa. O progresso da colheita nos EUA e a expectativa de boas safras foram contrários aos relatos de clima quente e seco na Europa Oriental e na Rússia, além de clima excessivamente úmido na França e na Alemanha, que ainda influenciam as estimativas de produção mundial, aponta a consultoria Price Futures Group. Há relatos de condições secas chegando esta semana às áreas produtoras na Rússia, embora as áreas de trigo de primavera tenham recebido chuva em excesso. A Europa Oriental também está quente e seca, enquanto a Europa Ocidental tem enfrentado chuvas excessivas.