Soja e milho avançam na bolsa de Chicago
Trigo opera em baixa na abertura da sessão Os contratos futuros na bolsa de Chicago são negociados nesta sexta-feira (23/8) com a expectativa do início da colheita de milho e soja americanos nas próximas semanas e a paralisação das ferrovias canadenses pressionando os preços. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural A soja para novembro opera em alta de 0,73%, a US$ 9,6850 por bushel. Já o milho avança 0,13%, a US$ 3,9400 por bushel para os contratos de dezembro,com mais de 700 mil negociações ativas, com vendedores entrando em jogo para aproveitar a alta. O trigo, por sua vez, vê seus contratos para dezembro recuarem 0,47%, a US$ 5,3300 por bushel. Saiba-mais taboola A previsão para as temperaturas nas próximas duas semanas no cinturão de soja e milho nos EUA é mais fria, com temperaturas esperadas abaixo da média ou próximas do normal. Além disso, esses estados devem receber precipitação acima da média, o que deve ajudar na finalização das colheitas na região. Analistas afirmam que o foco nas condições meteorológicas no Meio-Oeste está chegando ao fim, com grande parte do processo de maturação das culturas concluído e a colheita prevista para começar em setembro. Com a colheita de milho e soja prevista para começar no próximo mês nos Estados Unidos, os agricultores em todo o cinturão produtivo estão voltados a vender o restante das culturas de 2023. Durante o verão, os agricultores têm adiado a venda das culturas de 2023, com a esperança de que os futuros se recuperem com base em condições meteorológicas adversas ou algum outro evento imprevisto. Mas agora, mais grãos estão entrando nos elevadores de grãos e no pipeline de suprimentos, o que pode manter os futuros da bolsa de Chicago sob pressão. A Associação Nacional de Grãos e Rações dos EUA alerta que as exportações de milho, grãos destilados, trigo de primavera e soja dos EUA estão ameaçadas devido à paralisação histórica nas duas maiores ferrovias do Canadá. Atualmente, 25.000 vagões ferroviários por semana transportam produtos agrícolas por todo o Canadá. Algumas exportações dos EUA vão para o mercado canadense, enquanto outras seguem para o Pacífico Noroeste através das ferrovias canadenses. A paralisação na Canadian National Railway e na Canadian Pacific Kansas City está causando um "choque severo" na cadeia de suprimento agrícola da América do Norte, segundo o diretor da associação, Mike Seyfert. Essas ferrovias movimentam juntas US$ 1 bilhão em mercadorias diariamente e são essenciais para o transporte ao sul da fronteira, com trilhos que chegam até o Golfo do México e portos no México. Daniel Flynn, do Price Futures Group, destaca que a paralisação é um grande golpe para as cadeias de suprimento na América do Norte, devido à interligação estreita entre as redes ferroviárias dos EUA e do Canadá. O Departamento de Agricultura americano (USDA) também afirma que a agricultura depende dessas ferrovias, e a paralisação interrompe o transporte de produtos essenciais, como fertilizantes e etanol, que são comprados e vendidos entre os dois países.
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