Marina compara incêndios em São Paulo a 'Dia do Fogo' e pede investigação à PF

O chamado "Dia do Fogo" ocorreu em agosto de 2019, quando grileiros e produtores rurais fizeram um movimento para incendiar áreas da Floresta Amazônica A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, comparou, neste domingo (25/8), os incêndios em São Paulo ao "Dia do Fogo", de 2019. E, diante das suspeitas de ações criminosas, acionou a Polícia Federal para investigar a origem das queimadas que levaram 46 municípios a decretar alerta máximo, fechou dois aeroportos no Estado e contribuiu para cobrir de fumaça a capital do país. Leia também "Tem uma situação atípica [em incêndios em São Paulo]. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte da nossa experiência", disse Marina. "Do mesmo jeito que tivemos o 'Dia do Fogo', há uma forte suspeita de que agora esteja acontecendo de novo." O chamado "Dia do Fogo" ocorreu em agosto de 2019, quando grileiros e produtores rurais fizeram um movimento para incendiar áreas Floresta Amazônica. "Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias tenha tantas frentes de incêndio e que tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios", disse Marina, em entrevista coletiva, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT). A Polícia Federal abriu dois inquéritos para apurar possíveis atos criminosos relacionados às queimadas. Com eles, a instituição já tem 31 inquéritos abertos para apurar incêndios florestais, sendo que os anteriores são relativos à Amazônia e ao Pantanal. Marina disse ter conversado com o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo. E que o governo disponibilizou um cargueiro KC-390 para ajudar no combate aos incêndios, mas ele não conseguiu decolar por conta da fumaça. Investigação Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues disse ter mobilizado 15 delegacias em São Paulo "para que a gente possa identificar a questão que envolve as queimadas". "É movimento atípico, mas conclusões só virão com conclusão dos inquéritos policiais", afirmou. "São dois inquéritos em São Paulo que apuram eventuais incêndios criminosos, um já foi instaurado", afirmou. Também presente à reunião com Lula, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) reforçou as suspeitas do governo de que houve ação criminosa. "Minha avó fala que 'se há fumaça, há fogo'. Se ela estivesse viva, ela iria dizer 'se tem fogo coordenado ao mesmo tempo, de forma atípica, deve ter crime'", afirmou. Responsabilidade Questionada sobre a responsabilidade do governo pelos incêndios, Marina disse que não houve falhas. "O governo federal tem responsabilidade pelas áreas federais, unidades de conservação, mas atuamos em todas as áreas, inclusive em propriedades privadas. Diferentemente do desmatamento, você não fica com um agente dentro da sua fazenda ou casa verificando se vai colocar fogo. Portanto, não tem como dizer que é uma falha, porque as campanhas de conscientização, todos os processos vêm sendo feitos", afirmou. "As investigações são para saber se tem uma ação intencional, no caso de São Paulo. Nos outros casos, tem fortes suspeitas, sim, de ação intencional. São Paulo também, por isso está sendo investigado", acrescentou Reunião com o presidente A proliferação de incêndios florestais provocou uma reunião de emergência entre Lula e Marina Silva neste domingo. A reunião ocorreu na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama. Participaram Lula, Marina, Padilha, Andrei Rodrigues e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, também participam. A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, também esteve presente. No Prevfogo, Lula e os ministros visitaram uma sala de situação onde os técnicos do órgão monitoram as queimadas.

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