São Martinho e Raízen são afetadas por incêndios, diz JP Morgan

Adecoagro segue imune, informa avaliação do banco Entre as indústrias sucroalcooleiras listadas na B3, São Martinho e Raízen tiveram impactos causados pelos incêndios em canaviais em São Paulo. Na avaliação do J.P. Morgan, as perdas podem aumentar à medida que as empresas relatarem suas próprias avaliações. Leia também Queimadas podem aumentar com previsão de setembro seco, diz especialista Queimadas em canaviais causaram prejuízos de R$ 350 milhões SP terá linha de crédito com juro zero para produtores atingidos por fogo A São Martinho relatou na noite desta segunda-feira (26/8) ao mercado que 20 mil hectares da sua área plantada foram afetados. A companhia informou que espera colher essa cana afetada e processar com uma perda limitada no nível de Açúcar Total Recuperável (ATR) para a safra 2024/25, mas com redução na eficiência industrial, resultando em redução de 110 mil toneladas de açúcar (7%) do total, compensada pelo aumento na produção de etanol. O J.P. Morgan calcula que a perda no mix mais fraco será de R$ 20 milhões. A São Martinho também anunciou investimento de R$ 70 milhões em tratos culturais adicionais para a próxima safra. O impacto total, segundo o J.P. Morgan, é equivalente a 2% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da São Martinho, ou 7% do fluxo de caixa livre estimado para o ano. A Raízen, por sua vez, relatou que 1,8 milhão de toneladas de cana própria e de terceiros foram afetadas, o equivalente a quase 2% da produção esperada na safra. A empresa também pretende processar a cana, com perda limitada de ATR. A empresa ainda não divulgou os impactos potenciais no mix de açúcar ou investimentos. Ainda na visão dos analistas do J.P. Morgan, os impactos financeiros para a São Martinho e, eventualmente, para a Raízen, devem ser parcialmente mitigados por preços mais fortes, já que a redução na oferta deve se refletir de alguma forma nos preços do açúcar e do etanol. A Adecoagro, por outro lado, é a única que permanece imune porque a maioria das usinas e canaviais da empresa estão no Mato Grosso do Sul e, segundo a companhia, suas usinas e campos não foram afetados. O J.P. Morgan manteve recomendação neutra (equivalente à manutenção das ações) para a Adecoagro, com preço-alvo de R$ 10,65, e para a São Martinho, com preço-alvo de R$ 30,40. Em relação à Raízen, o banco mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 3,30. As ações da São Martinho operam na B3 em queda de 1,55%, a R$ 29,93. As ações da Adecoagro, por sua vez, operam em alta de 0,09%, a R$ 10,65. Os papéis da Raízen valorizam 0,30%, para R$ 3,31. O Ibovespa sobe 2,42%, para 133.510 pontos. A área rural de São Paulo foi fortemente impactada no último fim de semana, em parte devido a atividades criminosas. As estimativas da GP Commodities são de que mais de 60 mil hectares de áreas plantadas de cana-de-açúcar no Estado foram afetadas. "Mas achamos que o número provavelmente aumentará, à media que as empresas relatarem suas próprias avaliações", afirmaram em relatório os analistas do J.P. Morgan, Lucas Ferreira e Froylan Mendez.

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