Receita revelada em sonho garante o sustento de agroindústria gaúcha

Cuca de café com bombom é principal novidade que família de Feliz (RS) levou para a Expointer 2024 O Pavilhão da Agricultura Familiar é um dos espaços mais visitados pelo público que vai até a Expointer, em Esteio (RS). No local, podem ser encontradas diversas opções de produtos das agroindústrias gaúchas. A cada edição da feira, expositores apresentam novos itens com sabores exóticos e diversificados para conquistar os visitantes. Neste ano, um dos sucessos tem sido a cuca de café com bombom produzida pela agroindústria Terra e Vida, do município de Feliz (RS). Apenas no primeiro fim de semana da feira, cerca de 150 unidades deste sabor foram vendidas. Leia também Vendas da agricultura familiar batem recorde na abertura da Expointer 2024 Vaca produz 110 quilos de leite em 24 horas e ganha concurso na Expointer 2024 Com mais de uma tonelada, touro é o animal mais pesado da Expointer pela segunda vez Pela terceira vez na feira, o produtor Yuri Gayer, 27 anos, conta que o produto demorou bastante tempo para ser desenvolvido. Para alcançar o equilíbrio entre o sabor marcante do café e a leveza do chocolate, Gayer contou com o auxílio dos clientes. “O sabor foi criado no ano passado, e os clientes começaram a pedir que o gosto do café fosse um pouco mais acentuado. Quem gosta de café, adora essa cuca”, relata Gayer. Cuca de café com bombom é muito procurada pelo público da Expointer 2024 Marcelo Beledeli/Globo Rural A agroindústria, que foi fundada em 2020, teve grande importância para manter a renda da família em momento difícil, lembra Gayer. “Meus pais sempre trabalharam com a agricultura. Mas minha mãe (Eni de Bairros Gayer) teve um câncer, e os médicos recomendaram que ela mudasse de atividade. Ela começou a fazer bolachas e bolos, realizou um curso de boas práticas de fabricação com a Emater e resolveu abrir a agroindústria.” Revelação em sonho O carro-chefe da agroindústria é a cuca em estilo alemão, com massa fina e bastante recheio. No entanto, Gayer lembra que foi necessário uma dose de “misticismo” para acertar a receita. “Quem fazia esse estilo de cuca era a minha avó. Quando ela faleceu, nós perdemos a receita, minha mãe tentava, mas não conseguia repetir. Até que uma noite ela sonhou que estava conversando com minha avó, que estava dizendo a receita. Ela acordou, anotou o passo a passo, tentou fazer no mesmo dia e deu certo”, recorda o produtor. “Uma das principais características da nossa cuca é a massa, todo mundo elogia pela textura dela. Isso nos traz bastante alegria, e tenho certeza que a minha avó ficaria muito feliz com o sucesso da receita”, afirma. Fonte de renda Para Gayer, que é formado em nutrição, a abertura da agroindústria foi essencial para que ele ficasse no campo e garantisse a sucessão familiar da propriedade. “Se não fosse esse empreendimento, eu já nem estaria mais na agricultura familiar. Em relação à renda, ela também faz toda a diferença. Antes nosso ganho era baixo, a gente trabalhava entregando os produtos da roça para um atravessador que fazia a venda. Agora, o lucro fica conosco”, explica. Atualmente, a Terra e Vida produz cerca de quatro mil pães, cucas e outros farináceos por mês. Além disso, também oferece hortifrútis minimamente processados, como mandioca, repolho, beterraba, cenoura e tempero verde, todos cultivados na propriedade de seis hectares da família.

Receita revelada em sonho garante o sustento de agroindústria gaúcha
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