FGV apresenta novo centro de pesquisa com foco em Economia do Clima para enfrentar a crise climática
Economia do Clima Clarissa Gandour ressalta que apesar do tema estar em alta, com repercussão em diversos setores da sociedade, ainda há um vácuo importante nos debates sobre a crise climática: a Economia do Clima. De acordo com a pesquisadora, o novo Centro tem um escopo bem definido, além de métodos e linguagem direcionados para levar a economia ao centro desta discussão. “Queremos levar a expertise técnica dos profissionais de Economia para fortalecer a ação climática brasileira e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do país. Acreditamos que a Economia pode fazer muito mais para contribuir com esse esforço coletivo” contextualizou Gandour. A cofundadora do Centro ainda ressalta que a Economia é uma disciplina muito abrangente e suas diferentes áreas podem contribuir de variadas formas para a agenda do clima. “A crise climática levanta questões relevantes sobre política fiscal, finanças, saúde, emprego, dentre tantos outros temas. Por isso precisamos contar com colegas das áreas de macroeconomia, finanças, microeconomia, enfim, de todas as áreas das ciências econômicas”, afirmou. Além da produção de conhecimento técnico, o FGV Clima também vai promover a comunicação ampla, efetiva e acessível do conhecimento com stakeholders estratégicos como órgãos do governo, empresas, instituições de pesquisa e sociedade civil. “É importante promover o diálogo entre economistas e especialistas de outras áreas que atuam para combater as consequências da crise, mas também consideramos ser nossa responsabilidade nos aproximarmos de diferentes segmentos da sociedade”, explicou. Parceria com Governo Federal Em seu primeiro projeto, o FGV Clima estabeleceu uma parceria com o Governo Federal para fornecer apoio técnico na elaboração do Plano Nacional de Transição Energética. Como parceiro estratégico da Secretaria Nacional de Transição Energética, o Centro apoiará o MME no desenho de uma transição energética efetiva e socialmente justa. De acordo com Amanda Schutze, o Brasil tem uma oportunidade única de liderar a transição energética global, ao aproveitar seus recursos naturais abundantes para impulsionar um crescimento verde, que não apenas protege o clima, mas também gera desenvolvimento econômico sustentável e inclusão social. “A economia pode ser uma poderosa aliada na transição energética justa, ao promover políticas públicas e incentivos que garantam que os benefícios da transição sejam compartilhados por toda a sociedade, especialmente pelos mais vulneráveis, criando um futuro mais equitativo e sustentável para o país”, declarou Schutze.
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