Fávaro cancela ida à Expointer, enquanto agro do RS espera medidas de apoio

Movimento SOS Agro RS prepara manifestação durante a feira para reforçar os pedidos ao governo federal por socorro aos produtores rurais que tiveram properiedades atingidas pode enchentes Organizadores da Expointer, feira de agronegócios realizada em Esteio (RS), e representantes do setor produtivo gaúcho foram avisados nesta quinta-feira (29/8) que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, cancelou sua participação no evento, prevista para esta sexta-feira (30/8), na abertura oficial. A justificativa seria a indisponibilidade de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para realizar o deslocamento do ministro de Brasília ao Rio Grande do Sul. Também não há nenhum voo comercial disponível para os aeroportos do Estado, informaram assessores de Fávaro aos gaúchos. A decisão de não ir à Expointer foi comunicada em meio à expectativa de representantes do agronegócio do Rio Grande do Sul, do anúncio de mais medidas de socoro aos produtores que tiveream propriedades rurais atingidas pela enchentes de abril e maio. A ida de Fávaro a Esteio era aguardada, principalmente por empresas cerealistas, cooperativas e revendas de insumos, que esperam o anúncio de medidas de socorro para renegociação de dívidas e capitalização. Procurada, a assessoria de comunicação do Ministério ainda não respondeu. Durante o 1º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) em São Paulo, na terça-feira (27/8), Fávaro havia dito que esperava definir a repactuação das dívidas dos produtores gaúchos até esta sexta-feira para anunciar uma nova medida na Expointer. Na mesma oportunidade, o ministro sinalizou que não seria mais necessária a edição de uma nova Medida Provisória para atender cooperativas, cerealistas e revendas, e que a solução viria por resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), uma iniciativa mais simples. O CMN se reuniu nesta quinta-feira, mas nenhuma resolução voltada ao tema foi divulgada. A promessa é por uma "linha de crédito para as cooperativas, cerealistas e revendas e distribuidoras para que possa repactuar as dívidas dos produtores com eles". Desgaste Diante da situação, dois interlocutores do governo, sob condição de anonimato, afirmaram, que Fávaro esté ciente do desgaste político que sua ausência causará ao governo como um todo, mas pondera que tem tentado atender aos pedidos dos gaúchos, porém, encontra resistências internas em Brasília. O Ministério da Casa Civil, chefiado por Rui Costa (PT), seria uma das Pastas que estaria travando a conclusão das medidas. E, com isso, o ministro da Agricultura optou por não chegar à Expointer sem nada fechado. Ainda segundo interlocutores, a Casa Civil estaria relutante em atender à solicitação das cooperativas agropecuárias gaúchas, de recursos para capitalização e repactuação de endividamentos que não estão ligados às consequências das enchentes. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que esta demanda vai além do "problema da agricultura" e da tragédia climática que atingiu o Estado. Líderes cooperativistas se reuniram nesta quinta-feira com o ministro extraordinário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, para alinhar o anúncio de medidas. Enquanto isso, em Esteio, o Movimento SOS Agro RS vem convocando produtores rurais gaúchos para uma concentração ao lado da pista central, onde será realizada a abertura da Expointer. Vários cartazes do movimento estão espalhados pelos estandes. O setor, que já realizou três manifestações no Estado, reivindica medidas mais efetivas para a retomada da produção e a solução para o endividamento. Movimento SOS Agro RS está convocando manifestação para a Expointer SOS Agro RS A ausência do ministro foi mal recebida por lideranças. "Podemos compreender a não vinda se for por falta de avião, mas que as medidas sejam anunciadas e publicadas", disse Jerônimo Goergen, ex-deputado federal, ex-integrante da Frente PArlamentar agropecuária (FPA), e atual presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra). "Não temos nenhuma ilusão de medidas ideais, mas precisamos de suporte para poder viabilizar especialmente o próximo plantio. As empresas privadas precisam consertar a relação com o produtor para liberar novos recursos e insumos par anova lavoura. Como nos bancos o endividamento é altíssimo, as empresas privadas é o que pode resolver problema da próxima safra", acrescentou.

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