14º CBA discutirá tendências da economia mundial e da inteligência artificial na cultura da fibra
14º CBA discutirá tendências da economia mundial e da inteligência artificial na cultura da fibra Publicado em 30/08/2024 10:36 As mudanças econômicas globais e os avanços tecnológicos estão moldando a produção e comercialização do algodão brasileiro. Para entender melhor essas dinâmicas e se preparar para o futuro, o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) dedicará a manhã de 04 de setembro a dois painéis: “Agronegócio em Transformação: Análises Macroeconômicas e Tendências Financeiras” e “A Inteligência Artificial Vai Produzir Algodão? O Avanço da Agricultura Digital”. Eles reunirão especialistas para discutir as perspectivas de investimentos e o impacto da inovação no setor da fibra. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento ocorrerá de 03 a 05 de setembro, em Fortaleza. A primeira plenária, mediada pelo jornalista da rede CNN, Caio Junqueira, apresentará, aos congressistas, pontos de vista sobre como a transformação econômica global e as flutuações do mercado financeiro impactam o setor agrícola, com foco específico no algodão. O Banco do Brasil, Sicredi, Rabobank e Itaú BBA, grandes players no financiamento agrícola, terão destaque, refletindo sobre como suas estratégias financeiras modelam o panorama da produção. “Na plenária, eu e os principais economistas de quatro dos mais importantes bancos, que trabalham diretamente com o agronegócio brasileiro, vamos falar desde os impactos prováveis para o setor de algodão de temas macro, como taxa de juros, câmbio, e geopolítica mundial até temas específicos para o produtor nacional”, explicou Junqueira. A discussão também abordará a recente volatilidade nos preços internacionais do algodão e as implicações para o mercado interno, incluindo a produção recorde brasileira e o papel crescente do país nas exportações globais. “A análise das tendências financeiras ajudará a entender como o setor pode se adaptar e prosperar em um cenário econômico em constante mudança”, diz o mediador. Desafios Apesar do alto desempenho na produção e na participação global de mercado, o cotonicultor brasileiro também enfrenta desafios a curto e médio prazo, em função da conjuntura mundial da commodity, sobretudo com a queda dos preços em Nova York e a desaceleração econômica mundial. André Francisco Nunes de Nunes, economista-chefe do Sicredi, será um dos painelistas. Ele avalia que, no cenário atual, a necessidade de financiamento do agronegócio na próxima safra deve ser maior. “Analisando os três fatores, como área plantada, custo de produção e disponibilidade de recursos próprios, que ditam a demanda de crédito rural no Brasil, chegamos a essa conclusão de aumento do financiamento. A área plantada total deve expandir no Brasil em 2024/2025, somada a produtores com menor fôlego de caixa, devido à queda das commodities agrícolas nos últimos anos, e custos de produção, que devem permanecer relativamente estáveis, apontam neste sentido”, analisa. Para debater sobre investimentos, a plenária contará ainda com a presença de Maurício Une, economista-chefe do Rabobank para a América do Sul, com PhD em Economia pela Queen Mary, University of London; Marcelo Rebelo, economista-chefe do Banco do Brasil e professor de Finanças e Gestão de Negócios no Ibmec; e Pedro Barros Barreto Fernandes, diretor de Agronegócio do Banco Itaú, com ampla experiência em mercado financeiro e formação em Engenharia de Produção pela Poli-USP. Universo digital A segunda plenária da quarta-feira (4), mediada pela jornalista Patrícia Travassos, explorará a revolução da agricultura digital. O debate abordará como a inteligência artificial, a análise de dados e a agricultura de precisão estão transformando a produção agrícola. Tecnologias como sensores, drones, robôs e softwares avançados proporcionam o monitoramento detalhado das lavouras, otimizando recursos e elevando a produtividade. “Nas últimas décadas, temos testemunhado uma transformação significativa na agricultura brasileira, impulsionada pela ciência e pelas novas tecnologias. Hoje, a inteligência de dados orienta a gestão das fazendas, impulsiona a produtividade e previne perdas. Essa evolução atrai novamente os jovens para o campo, conectando-os ao mundo. É fascinante acompanhar essa mudança, especialmente, frente à crise climática, que nos obriga a buscar soluções para o futuro dos alimentos, a preservação ambiental e, claro, a nossa sobrevivência na Terra”, diz Travassos, especialista em inovação. Ela dirige a Prosa Press, produtora audiovisual focada em documentários, e possui uma vasta experiência, tendo dirigido programas como “Projeto Upload” (CNN Brasil Soft) e “Mãe S/A” (TV Globo). A tecnologia tem avançado de forma significativa, impulsionando o setor do agro para novos patamares, e dentre as novidades, está a Inteligência Artificial (IA), tecnologia que promete ser o início de uma nova era na produção de alimentos. Nova era A IA é definida como a capacidade que uma máquina tem para reprod
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