Fabricantes de máquinas estão otimistas com vendas na Expointer
Mesmo com as perdas devido às chuvas no RS, produtores estão fechando negócios na feira Apesar dos prejuízos causados no agronegócio pelas chuvas no Rio Grande do Sul, as empresas de máquinas agrícolas estão otimistas em relação às vendas durante a Expointer 2024, feira que encerra neste domingo (1º/9), em Esteio (RS). Expositores presentes no evento acreditam que os negócios devem igualar ou até superar a comercialização do ano passado, um movimento incentivado por ações das concessionárias junto a clientes e a necessidade de investimentos dos produtores diante do início do plantio de uma nova safra. Leia também Cavalo Caramelo é atração na abertura oficial da Expointer Agroindústria destruída pelas chuvas faz mutirão para participar da Expointer Receita revelada em sonho garante o sustento de agroindústria gaúcha Para o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), a perspectiva para as vendas do setor durante a feira é de, no mínimo, igualar a comercialização de 2023, que alcançou R$ 7,3 bilhões. “Na Expointer são apresentadas as novas tecnologias, o agricultor sabe disso e espera pela feira para fechar compras. Nossos estandes estão com bastante gente conversando com os vendedores, o que indica alta possibilidade de negócios”, afirma o presidente do Simers e da Federação das Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs), Cláudio Bier. Em parte, o movimento de compras é incentivado com auxílios das próprias empresas de máquinas aos produtores. É o caso de Verner Brendler, de Cachoeira do Sul (RS). Com as enchentes do Rio Jacuí, o agricultor perdeu toda a sua área de 500 hectares de soja e 40% dos seus 600 hectares de arroz. Além disso, as águas destruíram bombas e canais de irrigação, estradas e cercas da propriedade. Todas essas perdas geraram um prejuízo de cerca de R$ 7 milhões. Mesmo assim, Brendler está adquirindo uma nova colheitadeira, com incentivo da New Holland. “A concessionária da marca em Cachoeira do Sul fez uma proposta para comprar à vista, por R$ 1,5 milhão, minha colheitadeira usada, e financiar uma nova. Eu não tinha intenção de fazer isso, mas o dinheiro que perdi está fazendo falta e, dessa forma, consigo me capitalizar a tempo de começar o plantio no final de setembro”, afirma. “Nossos concessionários fizeram ações com suporte da fábrica para ajuda ao cliente na recuperação de máquinas, troca de usados, concederam prazos de pagamento, tudo para amenizar o que aconteceu no Rio Grande do Sul”, afirma Cláudio Calaça, diretor de Mercado Brasil da New Holland. Cláudio Calaça, diretor de Mercado Brasil da New Holland Marcelo Curia Segundo Calaça, embora as expectativas para a Expointer estivessem baixas, os resultados estão sendo melhores do que o esperado. “O produtor vai plantar, vai voltar a investir, e está ocorrendo uma procura para investimento. Apesar dos preços da soja, temos culturas relevantes no Estado, como arroz e fumo, que estão em um momento muito positivo”, destaca. Consórcio é alternativa O produtor Marcos Antônio Berte cultiva, junto com dois sócios, 1.670 hectares de soja espalhados entre os municípios de Boqueirão do Leão, Butiá, Cachoeira do Sul, Gramado Xavier e Sinimbu. Ele estima que teve perdas de R$ 2,5 milhões com as chuvas, incluindo prejuízos com máquinas. “Em nossa área em Cachoeira do Sul, onde a gente tem 280 hectares de soja, esperava colher 82 sacos por hectare, mas atingimos só 29 sacos por hectare. Em Sinimbu e Gramado Xavier, perdemos 328 hectares de lavoura que não deu para colher”, relata. Produtor Marcos Antônio Berte está investindo em máquinas apesar dos prejuízos com as chuvas Marcelo Beledeli Mesmo com as perdas, Berte buscou ajuda com a SLC Máquinas de Lajeado (RS), representante da John Deere, para adquirir novos equipamentos, incluindo uma colheitadeira. “A gente não tem como parar. Preciso de equipamento para a próxima safra. A situação está ruim, mas temos uma dívida para pagar e, para isso, temos que plantar e colher bem”, observa. O produtor fez um consórcio para comprar máquinas em condições que considera vantajosas. “Foi uma proposta da empresa que nos pareceu muito econômica. Pagamos parcelas de seis em seis meses, com um juro um pouco maior de 3% ao ano, até menor do que o do Pronaf”, afirma. A necessidade de ajuda aos agricultores é confirmada por Gustavo Barden, gerente Divisional de Negócios da John Deere Brasil. “Alguns produtores, pelas perdas que tiveram, estão com dificuldade de financiamento. Por isso, estamos com algumas linhas subsidiadas, ajudando alguns agricultores a fazer negócio com os usados deles, e oferecendo máquinas com taxa de juro financiada muito atrativa”, detalha. Gustavo Barden, gerente Divisional de Negócios da John Deere Brasil Marcelo Curia “Dessa forma, com o dinheiro da máquina usada, o produtor ganha capital de giro para poder reinvestir na terra dele, pagando em cinco anos os equipamentos”, complementa Barden. Para o gerente da John Deere, nesta ed
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