Inundações reduzem perspectivas para o arroz em Bangladesh

Inundações reduzem perspectivas para o arroz em Bangladesh Desde 31 de julho, não houve importações de arroz para Bangladesh Agrolink - Leonardo Gottems Publicado em 04/09/2024 às 16:53h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Desde 31 de julho, não houve importações de arroz para Bangladesh - Foto: Pixabay As enchentes em Bangladesh estão prejudicando a produção de arroz, reduzindo a área colhida para 11,5 milhões de hectares e a produção de arroz beneficiado para 36,8 milhões de toneladas no ano comercial 2024-25, de acordo com o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos EUA. Além disso, o FAS ajustou sua previsão para o consumo de arroz para 37,7 milhões de toneladas, 300.000 toneladas a menos do que o estimado anteriormente. Esta redução é atribuída à menor produção e aos preços elevados, exacerbados pela inflação alta desde agosto de 2022, que diminuiu o poder de compra dos consumidores.  Desde 31 de julho, não houve importações de arroz para Bangladesh, e com as restrições da Índia sobre exportações de arroz branco não basmati e os altos preços internacionais, a importação do produto parece inviável, pois os custos seriam superiores aos preços internos. Com a produção reduzida e dificuldades nas importações, o FAS prevê que o preço interno do arroz continuará a subir no curto prazo. Isso deve levar a uma redução no consumo de arroz e a um aumento no consumo de trigo, já que a farinha de trigo (aata) é uma alternativa mais barata. O trigo é o segundo alimento básico mais importante em Bangladesh, com a produção local atendendo 15% da demanda total. Para 2024-25, o FAS prevê uma área colhida de 310.000 hectares e uma produção de 1,1 milhão de toneladas, igual à estimativa de 2023-24. A previsão de importação de trigo foi aumentada para 6,6 milhões de toneladas, 6,5% a mais do que a previsão anterior, devido a preços internacionais estáveis e maior consumo interno. Para 2023-24, a estimativa de importação é de 6,8 milhões de toneladas, um aumento de 33% em relação ao ano anterior.