Problemas na oferta de cacau se acentuam e preço volta a bater recorde

Pela primeira vez, os contratos futuros do cacau ultrapassaram o valor de US$ 5.000 a tonelada A alta do cacau parece não ter limites na bolsa de Nova York. O preço atingiu patamar inédito pela terceira vez consecutiva. Os contratos com entrega para março fecharam em alta de 1,07%, cotado a um valor recorde, de US$ 5.009 a tonelada. Saiba-mais taboola Os problemas de oferta na Costa do Marfim, maior produtor mundial da amêndoa, que já eram conhecidos pelos agentes, somam-se à baixa disponibilidade em Gana, o segundo maior fornecedor. Desde o início da safra 2023/24, que começou em outubro, até o dia 12 de janeiro, as entregas nos portos ganenses chegaram a 320 mil toneladas, queda de 30% se comparado com o volume de chegadas em igual período do ano anterior. “A atualização dos números em Gana é relevante para o mercado, pois é um dado que dá direcionamento para os agentes mas não tem divulgação periódica. O último relatório foi divulgado em novembro”, destaca Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX. Em meio a uma produção deficitária, a demanda não dá sinais de recrudescimento, cenário que contribui para a supervalorizção do cacau. “Algumas das principais indústrias de chocolates do mundo, no geral, apresentaram resultados positivos em termos de vendas. Além disso, as previsões deste ano indicam, no mínimo, para uma estabilização em termos de procura”, diz o analista. Diante de uma alta sem precedentes, Rossetti lembra que investidores estão sobrecomprados (apostando em mais valorizações) no cacau. Ainda não é possível dizer qual será o teto para os valores em Nova York, segundo ele. “Em meio a esse cenário de recorde nos preços, fica difícil achar um ponto de equilíbrio. O número de contratos em aberto aumentou, tamanha a oportunidade de gerar lucros com o cacau, que sempre foi uma commodity secundária, mas que chamou a atenção dos investidores ultimamente”, ressalta. Café Nos negócios do café na bolsa nova-iorquina, os lotes do arábica para março fecharam em queda de 1,16%, a US$ 1,9195 a libra-peso. Investidores embolsaram lucros na última sessão da semana, na avaliação de Leonardo Rossetti, da StoneX. “Os preços parecem não terem forças para ultrapassar os US$ 1,94 enquanto não houver novidades nos fundamentos. A demanda em países da América Central está debilitada, impedindo avanços expressivos no café”, destaca. Ainda de acordo com o analista, as indicações de que a redução na taxa de juros nos EUA pode demorar mais que o esperado, levam os investidores a reduzirem o ritmo de compra de contratos no mercado do café. Açúcar Nos negócios do açúcar na bolsa de Nova York, os lotes para março subiram 1,40%, para 23,89 centavos de dólar por libra-peso. Segundo análise da Hedgepoint Global Markets, os futuros do açúcar tentam atingir o patamar de 24 centavos, após anúncio do governo indiano de aumento de 8% no preço mínimo da cana pago pelas usinas em 2024/25, conhecido como Preço Justo e Remuneratório (FRP)”, diz Lívea Coda, analista de açúcar e etanol da consultoria. “Normalmente, o governo estabelece o FRP alguns meses antes do início da nova safra, mas, neste ano, pode ser antecipado em uma tentativa de aumentar a disponibilidade de açúcar no país. Esse anúncio, combinado com as previsões de condições mais secas do que a média no verão do Centro-Sul do Brasil, serviu como um fator de alta”, destaca, Lívea, em nota. Suco de laranja O suco de laranja emendou a sexta alta consecutiva na bolsa. Os contratos do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para março avançaram 4,02%, para US$ 3,8155 a libra-peso. Algodão Por fim, nos negócios do algodão, os lotes para março fecharam em alta de 0,72%, a 87,11 centavos de dólar por libra-peso.

Fevereiro 2, 2024 - 17:17
Problemas na oferta de cacau se acentuam e preço volta a bater recorde
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