Pecuária de leite e produção de frutas: propriedade de São Luiz do Paraitinga é modelo em sustentabilidade com apoio da CATI

Logo na entrada da Fazenda Boa Vista, localizada no bairro Santa Cruz do Rio Abaixo, em São Luiz do Paraitinga (município ligado à área de atuação da CATI Regional Pindamonhangaba), um grande painel solar chama atenção dos visitantes. Adentrando a porteira - que se abre para uma paisagem bucólica de montanha, recortada por pastagens verdes e abundantes em pleno inverno, animais bem nutridos pastando em piquetes irrigados, ao lado de um pomar diversificado conduzido de maneira orgânica em Sistema Agroflorestal (SAF) -, é possível atestar que o produtor Claudio Silva Chaves tem a sustentabilidade como norteadora de todas as atividades realizadas na propriedade. Para ampliar a sustentabilidade em todos os processos da propriedade, o produtor foi beneficiado pelo Projeto Conexão Mata Atlântica, o que possibilitou cercar áreas de proteção ambiental, de pastagem, construir fossas sépticas e ele implantou placas de energia solar e instalou uma horta orgânica (conduzida pela mãe), investiu no Sistema Agroflorestal para a produção de frutas e na adoção de tecnologia nas pecuárias de leite e corte. “Quando assumi a propriedade, que está na minha família há três gerações, as pastagens estavam degradadas e o custo de produção muito alto. Nesse momento, o apoio da CATI foi fundamental. Além de orientação técnica para recuperar o solo, por meio da calagem, recomendação de adubações a adoção de adubação verde (o produtor utiliza a aveia da CATI Sementes e Mudas), posteriormente no manejo do SAF, auxiliaram para obtenção do Cadastro da Agricultura Familiar – e o CAF Jurídico para a associação da qual sou membro, que abriu as portas para acessar diversas políticas públicas”, conta Cláudio. Segundo o engenheiro agrônomo Ricardo Rodrigues Oliveira, responsável pela Casa da Agricultura local e que faz o acompanhamento técnico da propriedade desde 2012, o produtor tem colocado em prática as tecnologias recomendadas pela CATI, aprimorando os processos de produção. “A adoção de tecnologias simples, como a implantação de pastejo rotacionado, em uma área de 4,9 hectares, tem proporcionado condições para que o rebanho fique praticamente nove meses com alimentação volumosa obtida a pasto, o que evita o corte de capim diário para os animais e disponibiliza tempo para o produtor trabalhar na propriedade, o que facilitou a diversificação da produção agrícola, com a abertura de melhores oportunidades de comercialização e otimização do tempo para fazer outras atividades necessárias na propriedade e na vida pessoal”. Para Haley Silva de Carvalho, diretor da CATI Regional Pindamonhangaba, a parceria com produtores como Claudio favorece o trabalho de extensão rural na região. “O Claudio está sempre receptivo à adoção de tecnologia, às orientações técnicas, abrindo a propriedade para que possamos divulgar conhecimento e capacitar outros produtores. Aliado a isso, entende como poucos a importância da organização rural para o sucesso na atividade rural. Neste cenário, temos trabalhado lado a lado com ele e outros agricultores familiares”. Base da pecuária sustentável nasceu no âmbito do Projeto CATI Leite A inserção no Projeto CATI Leite, em 2012, foi um divisor de águas para o produtor. “Meu pai era produtor em tempo integral, mas dificuldades na condução da atividade − com altos custos de produção e os baixos preços do leite e pouca tecnologia na época − fizeram com que ele quase desistisse da atividade, o que acabou ocorrendo no decorrer do tempo. Nesse momento, deixei o trabalho na cidade e assumi a propriedade, dando sequência à minha vocação desde criança. Mas o cenário era um pouco desolador. Tudo começou a mudar quando o técnico da Casa da Agricultura me incentivou a participar do Projeto CATI Leite e adotar as metodologias propostas”, esclarece o produtor. Segundo o eng. agr. Ricardo, entre as técnicas preconizadas e adotadas por Cláudio, que mudaram a sua condução da pecuária leiteira, está a implantação de pastejo rotacionado. “Inicialmente, o pastejo rotacionado foi implementado em uma área de 0,5 hectare, com capim elefante para alimentação do rebanho durante quase todo ano. Com o decorrer dos anos, ele aumentou a área de rotacionado de Tifton para 0,7 hectare, instalou irrigação e passou a fazer sobressemeadura de culturas de inverno nesta área. Ainda implantou uma área de 1,2 hectare de capim Mombaça e outra área de três3 hectares com Brachiaria brizantha e decumbens, totalizando uma área de pastejo rotacionado de 4,9 hectares. Com a adoção dessas tecnologias, houve a redução da necessidade de suplementação de volumosos na propriedade para apenas três meses ao longo do ano. Outro diferencial foi a adoção de um quadro reprodutivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e as anotações zootécnicas e financeiras da atividade (metodologia gerada no Programa Balde Cheio, que foi a base para as ações do Projeto CATI Leite), onde todas as etapas e ações de manejo do rebanho e da produção de leite são controladas”, expli

Pecuária de leite e produção de frutas: propriedade de São Luiz do Paraitinga é modelo em sustentabilidade com apoio da CATI
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