G20 deve combater fome e ajudar na produção sustentável de alimentos, diz ministro
Ministros do grupo de trabalho de Agricultura das maores economias do mundo estão reunidos em Mato Grosso O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta quinta-feira (12/9), que o grupo de trabalho (GT) de Agricultura do G20 (fórum das principais economias do mundo) tem o desafio de encontrar propostas e firmar compromissos para a produção sustentável de alimentos e o combate à fome no planeta. Durante a abertura da reunião de ministros do GT de Agricultura do G20, em Chapada dos Guimarães (MT), Fávaro disse que a delegação tem a oportunidade de dar um “primeiro passo” para a mudança, sem apontar culpados pelos extremos climáticos no mundo, mas buscando unir esforços, cada qual na sua realidade. Leia também Brasil quer incluir conversão de pastagens em declaração do G20 Brasil espera resposta da UE até outubro e pode ir à OMC contra lei antidesmatamento “O desafio é muito grande, mas temos capacidade, vontade política de enfrentar os desafios. Se todos, essa grande delegação aqui presente neste grupo de trabalho, nos unirmos em prol da produção de alimentos e da sustentabilidade, certamente daremos o primeiro e grande passo para a mudança”, afirmou Fávaro em discurso nesta quinta-feira. “Sustentabilidade na agricultura e sistemas alimentares é possível. Não nos cabe apontar culpados, mas cada país fazer seu esforço, com medidas que visem à produção com sustentabilidade”, acrescentou. O tema escolhido pelo Brasil para a presidência temporária do G20 foi a construção de um mundo justo e de um planeta sustentável. Para isso, disse Fávaro, é necessário acabar com a fome e firmar compromissos para a transformação dos sistemas alimentares. “Cabe a este grupo tão competente e seleto discutir a implementação de medidas efetivas do combate à fome, e aí começaremos certamente a ter justiça social no planeta”, afirmou o ministro. Fávaro também comentou a situação de seca e incêndios enfrentada pelo país e lembrou as enchentes históricas do Rio Grande do Sul há quatro meses. “Infelizmente, todos puderam perceber a gravidade do momento que estamos vivendo. São quase cinco meses que o Brasil vive seca severa e há quatro meses um grande Estado produtor de alimentos do Brasil, o Rio Grande do Sul, teve a maior enchente de todos os tempos ocorrida no Brasil. Essa é prova cabal que as mudanças climáticas chegaram com muita intensidade, desafiando os sistemas produtivos. Cabe a nós apresentarmos propostas, compromissos de um mundo mais eficiente, mais equilibrado”, completou. Agricultura familiar O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que os agricultores familiares estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas e conclamou os membros do G20 a pensarem em estratégias para elaborar e fortalecer políticas para atender pequenos produtores. Ao citar a realização da COP30, em Belém (PA), no próximo ano, Teixeira disse que é preciso acelerar medidas de redução de emissões nos países desenvolvidos e o financiamentos aos setores produtivos das nações em desenvolvimento. Teixeira destacou que “os agricultores familiares estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, erosão dos solos e desertificação”, mas que “são parte fundamental da solução para resfriar o planeta”, já que, junto a povos indígenas e comunidades tradicionais, detêm boa parte das áreas de florestas e adotam práticas que ajudam no sequestro de carbono, disse o ministro. Ele salientou o programa “florestas produtivas”, do governo federal, que incentiva sistemas agroflorestais de produção para apoiar este público. “O programa torna as árvores da floresta Amazônia mais valiosas em pé do que cortadas Um dos temas que Teixeira espera que evolua nos debates do G20 é o acesso a máquinas e implementos agrícolas adaptados para a realidade da pequena produção, o que pode gerar aumento de produtividade e menos penosidade no trabalho rural. Ele comentou ainda a necessidade de incrementar políticas de assistência técnica e extensão rural. Mudanças climáticas O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, disse que a seca e as queimadas que afetam boa parte do país são provas “inquestionáveis” das mudanças climáticas e que é necessário “mudar essa trajetória” para evitar consequências “terríveis” para a produção de alimentos no Brasil. Ele afirmou que é preciso inverter a tendência de aquecimento do planeta. “Acompanhamos com muita apreensão todos os esforços mundiais para conter todas as emissões de carbono que estão levando ao aquecimento global. Sabemos das drásticas e terríveis consequências que isso pode trazer para toda humanidade, essencialmente na produção de alimentos”, afirmou. “Vimos hoje e temos visto no Brasil a mudança do clima acontecendo de forma severa. Estamos há quase cinco meses sem receber chuvas no nosso território. Isso demonstra de forma inquestionável que as mudanças climáticas são realidades e precisamos mudar essa trajetória”, completou. Mendes disse que a produção de alimentos é re
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