Após chuvas, plantio de cereais avança no Rio Grande do Sul

Até o momento, as lavouras de milho apresentam “condições adequadas”, mas persiste a preocupação com a cigarrinha, principal praga da cultura A semeadura da safra 2024/25 de milho verão no Rio Grande do Sul chegou a 37% da área esperada até esta quinta-feira (12/9), um aumento de quatro pontos percentuais em relação à semana anterior, segundo o boletim conjuntural da Emater-RS, divulgado hoje. Se comparado ao avanço do plantio no ano passado, que estava em 44% na mesma época, há um atraso, o que se justifica pelas adversidades climáticas sofridas pelos produtores gaúchos. Initial plugin text “As condições climáticas, particularmente as chuvas abrangentes ocorridas em 4/9, favoreceram a ampliação da semeadura de milho, que alcançou 37% da área projetada para a safra 2024/2025. O avanço no estabelecimento de lavouras ocorreu principalmente na metade norte do Estado”, informou a entidade. Até o momento, as lavouras apresentam “condições adequadas”, mas persiste a preocupação com a cigarrinha-do-milho, principal praga da cultura. Para a temporada 2024/2025 no Estado, a Emater/RS projeta o cultivo de 748,5 mil hectares com uma produtividade estimada em 7.116 kg por hectare. Trigo e aveia A lavoura de trigo no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal no Brasil, está na metade de seu ciclo, na fase reprodutiva, com 38% da área em floração e 19% na etapa de enchimento de grãos. Segundo técnicos da entidade, a ocorrência de chuvas de intensidade variável no dia 4 de setembro beneficiou as lavouras nas diferentes fases do ciclo, pois restaurou níveis de umidade do solo, ajudando na formação de espigas e grãos. A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1,31 milhão de hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg por hectare. Entre outras culturas de inverno, está a aveia branca que registrou melhora no aspecto visual das lavouras nesta semana, entre chuvas e períodos prolongados de sol. Contudo, o potencial produtivo permanece variável, sendo superior nas lavouras com adequado investimento tecnológico e semeadas mais tardiamente. A principal preocupação fitossanitária permanece sendo a ferrugem. A área cultivada para a produção deve ser de 365,6 mil hectares, e a produtividade de 2.402 kg por hectare.