Queimadas elevam preços de alimentos e energia
Queimadas elevam preços de alimentos e energia Isso força o agronegócio a utilizar o transporte rodoviário, que é mais caro Agrolink - Leonardo Gottems Publicado em 17/09/2024 às 14:54h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Isso força o agronegócio a utilizar o transporte rodoviário, que é mais caro - Foto: Canva Segundo análise do professor de finanças do Ibmec, Gilberto Braga, as queimadas têm provocado impactos significativos na economia brasileira, especialmente nos preços de produtos essenciais. Em setembro, o Brasil registrou mais de 68 mil focos de queimadas, um aumento de 144% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse cenário, além de agravar questões ambientais, está influenciando a alta dos preços de alimentos como açúcar, feijão, carnes, frutas, leite e até o etanol, que tendem a ficar mais caros devido aos incêndios que comprometem o solo das plantações. Braga destaca que a diminuição da produção agrícola pode levar à escassez de produtos ou à redução na oferta, o que resulta em aumento de preços. A atividade agrícola é sensível às mudanças climáticas, e não é apenas a seca que preocupa. Chuvas excessivas ou inundações também afetam severamente os ciclos produtivos. Ele explica que, uma vez desestruturado o solo, a recuperação vai além do fim dos efeitos climáticos imediatos, exigindo tempo e investimento para restabelecer suas propriedades produtivas. Outro ponto levantado pelo professor é o impacto indireto das queimadas no custo da energia e na logística de transporte. Embora o aumento da energia elétrica não tenha um efeito direto sobre o preço dos combustíveis, a seca interfere na navegabilidade dos rios, limitando o transporte de produtos tanto para exportação quanto para os principais centros consumidores do país. Isso força o agronegócio a utilizar o transporte rodoviário, que é mais caro, resultando em um repasse de custos para o consumidor final.
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