Copom eleva Selic para 10,75%
Copom eleva Selic para 10,75% Aumento reflete um cenário econômico complexo, tanto doméstico quanto internacional Agrolink - Aline Merladete Publicado em 19/09/2024 às 04:51h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Foto: Pixabay Em uma decisão unanime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando-a para 10,75% ao ano. Segundo informações divulgadas pelo Banco Central, o aumento reflete um cenário econômico complexo, tanto doméstico quanto internacional. O ambiente externo continua desafiador, com a economia dos Estados Unidos em um momento de inflexão, aumentando as dúvidas sobre o ritmo da desaceleração econômica e da desinflação. Além disso, os bancos centrais ao redor do mundo estão lutando para alinhar suas políticas monetárias em um contexto de pressões no mercado de trabalho. No Brasil, indicadores econômicos e do mercado de trabalho têm apresentado um dinamismo maior do que o esperado, resultando em uma reavaliação do hiato para o campo positivo. A inflação, medida pelo IPCA cheio, e outras métricas de inflação subjacente estão acima da meta, pressionando o Banco Central a adotar uma postura mais contracionista. As expectativas de inflação para 2024 e 2025 estão em torno de 4,4% e 4,0%, respectivamente, enquanto a projeção para o primeiro trimestre de 2026 é de 3,5%. O Comitê alertou para riscos altistas para a inflação, incluindo a possibilidade de desancoragem das expectativas e uma maior resiliência na inflação de serviços. O Copom também destacou a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida para ajudar na ancoragem das expectativas de inflação e na redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros. Diante de um cenário de resiliência na atividade econômica e de pressões inflacionárias, a decisão de elevar a Selic busca garantir a estabilidade de preços e fomentar um ambiente econômico mais equilibrado. O Comitê permanecerá atento à evolução da inflação e às dinâmicas econômicas para ajustar a política monetária conforme necessário. A decisão foi apoiada por todos os membros do Comitê, incluindo Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, entre outros.
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET